Capítulo 17 - Reposted

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Eu fui atrás dele. Não o achei na comunal mas depois eu fui até o seu dormitório.

Ele conversava com o Tom, que parecia compreensível com ele.

— Não pode simplesmente falar e ir embora. — Eu fechei a porta com força.

Tom me olhou e foi em direção para sua cama, e começou a escrever no diário.

— Acho que já conversamos sobre isso. — Ele caminhou até mim. — Agora vai embora.

— Como você pode decidir uma coisa por mim? Quer me proteger, mas eu não posso decidir o final disso? Não é justo! — Eu controlei a minha raiva.

— É exatamente disso que eu estou falando. Estou ficando controlador demais. Não consigo te deixar um minuto sozinha. Não consigo aceitar que você é independente de tudo e qualquer coisa. É por isso que você precisa ficar longe de mim.

— Isso é tudo culpa do culpa do seu irmão.

— Isso é culpa minha e apenas minha. — Ele me puxou até a porta. — Por favor vai embora.

— Eu não vou embora. — Eu puxei o meu braço. — Não é o que eu quero.

— Tudo bem, então quem vai sou eu.

— Você quer isso Mattheo? Então ok.

Minhas palavras fizeram ele parar um pouco mais afrente da saída.

— A minha amortentia é você. Eu sinto o cheiro de rosas brancas, seu perfume e do seu gloss labial — Ele disse. — Nega que ama o George mas sente o cheiro dele na poção.

— Assim como eu sentia o de Oliver, e assim como eu posso sentir o seu.

— Não precisa, eu não quero isso.

— Você quer ir embora? Quer que eu deixe você em paz, quer que eu suma da sua vida? Tudo bem. Eu vou fazer isso. — Eu se aproximei dele. — Quer ir embora mas esteja conscientizado que é de vez.

— Eu sei. — Ele virou para me olhar.

— Não vai ter mais outra vez, não vai ter mais desculpas, não vai ter mais outra chance, não vai ter mais nada. Então se você sair por essa porta, não vai ter mais volta. Mas saiba que eu tentei de todas as formas te impedir de ir embora. Então, vá consciente de que é o quê VOCÊ quer, e não o que EU quero.

Eu disse na esperança dele notar o que realmente estava fazendo. Ele deu as costas para mim e foi embora batendo a porta.

Senti meu mundo desabafar. Eu me segurei para não chorar. Não. Eu não ia mais aturar esse tipo de situação. Eu precisava ser forte como sempre fui.

— Triste. — Uma voz disse atrás de mim. Eu me assustei. Havia esquecido completamente a sua presença.

— Isso é tudo culpa sua! — Eu dei uma tapa no rosto dele.

— Isso doeu. — Ele passou a mão na bochecha aonde eu bati, e sorriu.

— Por que você não deixa o seu irmão em paz, Tom? Por que não deixa ele ser feliz? — Eu recuei para trás quando ele começou a chegar perto demais.

— Acha que eu não quero que ele seja feliz? Acha que eu quero que ele seja igual a mim? Você não sabe nada sobre nós. — Ele falava e chegava cada vez mais perto de mim, até me encurralar na porta.

— Eu sei que você é um infeliz incapaz de sentir amor e não deixa o Mattheo sentir o mesmo. Você é um péssimo irmão.

— CALA BOCA! — Ele deu um soco na porta ao lado da minha cabeça e apontou para o meu rosto. — Eu posso tolerar muitas coisas de você, mas eu nunca vou permitir que fale isso para mim.

Com amor, Freya - Harry Potter Onde histórias criam vida. Descubra agora