PRÓLOGO

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 Beacon Hills. Não acredito que estou voltando para cá depois de 6 anos. Depois de toda minha vida ter virado de cabeça para baixo. Tudo costumava ser tão... Simples, nada de perguntas há todo momento se você está bem, nada de olhares de pena, e o melhor, nada de feitiço em outra língua, não que eu não goste de fazê-los, mas é que eu nunca consigo guardar de cabeça.

Confuso? Deixa-me explicar melhor para vocês, eu sou uma bruxa. Isso mesmo uma bruxa, mas não uso chapéu, roupas estranhas ou mesmo uma varinha acompanhada de um caldeirão. Antes que perguntem também não tenho nenhuma verruga no nariz como são descritas nessas histórias infantis, e não, não sou aluna de Hogwarts (bem que eu gostaria se ao menos existisse). Por muito tempo eu vivi na ignorância, na época em que morava em Beacon Hills com os meus pais, eu era uma simples garota normal, pelo menos era o que eu pensava.

Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha 9 anos, minha mãe ao perder ele, enlouqueceu, tentou se matar diversas vezes e por isso foi internada numa clínica psiquiátrica chamada Echo House em Beacon Hills. Minha avó paterna pegou a minha guarda e me mudei para a casa dela quando eu tinha 11 anos e foi com ela que descobri sobre esse lance de bruxas e tudo mais.

Quando eu completei 15 anos podia fazer coisas que nenhuma pessoa normal poderia fazer: como quebrar coisas acidentalmente em um momento de raiva ou mesmo mover objetos sem ao menos tocá-los, então logo pensei "legal sou uma mutante, onde fica o instituto para pessoas superdotadas?".

Apesar dessas brincadeiras, vovó achava que já estava na hora de eu saber a verdade sobre a nossa natureza sobrenatural, a verdade sobre o que nós somos e de onde viemos, descendemos diretamente das conhecidas bruxas de Salém. E todo esse lance de Jen Grey da telecinética era só uma fase que todas nós passamos quando completamos uma determinada idade, onde os poderes ficam mais fortes e temos que aprender a controlá-los. Nós bruxas temos muitos talentos e dons além de feitiços. Telecinésia, poderes de cura, limitado poder de controlar o clima. Todas nós trabalhamos de diferentes maneiras, o poder da vovó vem do seu instinto, do meu pai vinha da força da mente, do intelecto, ele podia criar novos feitiços, ele era genial. Já o meu, sou guiada pelas emoções, por isso demorei tanto para controla-los e ainda não controlo 100% deles. Geralmente temos o grimório, um livro de feitiços e encantamentos que é passado de geração a geração, ao que parece todas as famílias de bruxos tem um. E é através dele que fazemos os nossos primeiros encantos, vovó disse que o meu livro foi entregue a minha tia Olivia quando ela tinha 15 anos, e depois foi entregue para o meu pai, mas como ambos faleceram sem deixar nenhum tipo de aviso, Deus lá sabe onde foi parar o grimório. Esse também é um dos motivos para eu ter voltado para a minha cidade natal, vovó acreditava que o livro ainda estava em Beacon Hills e aqui que eu descobrirei esse mistério que envolve a morte da minha família, bem ou parte dela.

Outro motivo por ter voltado para a cidade também, é que vovó faleceu há alguns dias atrás, pois é como você pode ver a vida não tem sido muito justa comigo, como ainda vou fazer 18 esse ano, preciso de um guardião, como perdi contato com meu tio há algum tempo atrás, vou morar com a minha tia e madrinha, cunhada da minha mãe, Melissa Mccall.

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