Bloodline

CAPÍTULO 13

É incrível a volta que a vida dá, a minha em particular, sempre acabo ficando sozinha e sem respostas. Mas dessa vez o jogo virou, e cá estou eu do lado de fora da delegacia barrando Lydia, que estava quase furando o chão de tanto andar de um lado para o outro, até que ela esclareça tudo o que aconteceu.

— Cassie, eu sei que você esta confusa, sobre essa história toda, mas você tem que entender que...

—Essa não é a melhor hora para falar disso? — disse completando a frase dela. — Me poupe dessa conversa fiada! Você sabe quantas vezes eu já ouvi isso? MUITAS! E to cansada disso...

Ficar gritando e bancando a desesperada não vai ajudar em nada, estão repirei fundo e tentei ser sincera. Só queria saber qual é a ligação disso tudo com a minha mãe.

— Vamos Lydia, eu não sou a vilã aqui e muito menos uma criança. Só quero repostas assim como você, quem sabe eu não possa ajudar em alguma coisa...

— Olha —Disse dando uma pausa e respirando fundo. —A questão que isso envolve muita gente, o segredo de muita gente e que não cabe a eu contar...

— Então não conte. Conte só o que você sabe, tenta tirar as partes que eu não devo saber, sei lá....

— ok. Isso que posso de contar...

Lista de alvos. É assim que a famosa lista esta sendo chamado, aparentemente algum louco (está mais para louca) fez uma lista com nomes de algumas pessoas, consideradas especiais (e dizendo isso me refiro a pessoas com poderes sobrenaturais) e cada uma dessas pessoas tem um preço, que quando morta o Benfeitor, como é chamado à pessoa que fez essa lista, deposita a quantia referente à pessoa que estava na mesma.

Adivinha quem está nessa lista?

Exatamente, basicamente TODO mundo que eu conheço dessa cidade, incluindo Isaac, e meu primo Scott, que eu não faço a menor ideia do que ele seja, até porque Lydia foi uma excelente amiga em fazer o favor de deixar esses detalhes de lado. Falando em detalhes, quando você pensa que não pode ficar pior, acredite pode sim.

Acontece, que ela também esta na lista, assim como a avó dela, Lorraine e assim como eu e minha mãe.

Ou seja, PUTA QUE PARIU!

O fato é que eles não sabem o que sou, mas provavelmente devem pensar que eu sou uma Banshee como a minha mãe, como avó da Lydia, e ela própria, sem falar daquela lunática que esta presa na sala do Xerife. Meredith. Ela também é uma Banshee (cadê a novidade?) e parece que ela que estava por traz da treta toda. Isso mesmo, a chefona do crime é uma Banshee desmemoriada que não fala coisa com coisa.

Lembra do jogo de lacrosse que teve aquele pequeno atentado? Pois é, foi por causa dessa lista, e isso só foi uma das coisas que aconteceu por causa dessa maldita lista. Stiles e Lydia, e fora as outras pessoas que estão envolvidas nisso, só estão tentando acabar com isso antes que mais alguém morra. E para isso precisam descobrir como parar toda essa operação, pois os pagamentos podem ser automáticos, e para acabar com isso tem que fazer Meredith abrir o bico.

— Eu sei, é muita coisa para absorver... mas acho que você ia acabar descobrindo cedo ou tarde... — Disse olhando para mim, que estava sentada no parapeito da rua olhando para o nada tentando organizar os meus pensamentos. – Precisamos de você.... eu preciso da sua ajuda para conseguir que Meredith fale alguma coisa de útil.

— E como você acha que eu possa te ajudar? Eu mal a conheço. — Disse sem tirar os olhos do nada.

—Bom.... você é uma banshee certo? Pode ser que eu tenha deixado passar alguma coisa e você pode me dar uma luz sei lá, ainda estou tentando entender como isso funciona.

Continuei sem me mexer olhando para o nada durante alguns segundos, ou minutos, esperando para ver se ela se dava conta, ate que a mesma começa a dizer.

— A não ser que você não seja uma.... – Acho que ela disse isso mais para ela mesma do que para mim, mas mesmo assim a olhei e confirmei, não sei o que aconteceu só não consegui ficar ali sem falar nada, e não sei por que, mas não conseguia mentir para ela. —Mas, mas... aquilo que você fez na echo... — ela ficou olhando p mim, pasma e sentou no meu lado. Podia ver que ela estava pensando em muitas coisas em que eu poderia ser, confesso que quando isso passou pela minha cabeça ate que tinha um pouco de graça. Ficamos as duas sem falar nada durante um tempo até que ela falou primeiro.

— Mas sua mãe era uma não é? – disse virando para mim

— Era, mas eu não sou...Lydia...

— Não precisa me contar se não quiser. —Disse me cortando e ficando de pé — Todos temos segredos não é mesmo? Só fique sabendo que você não esta sozinha e seja lá o que você é, ou o que você esta passando, com certeza já passamos por coisa parecida, caso queira conversar não hesite em me chamar ok?

E assim, parecendo satisfeita com o seu discurso ela segue indo para a delegacia. Chamo- a antes de entrar e quando chego mais próximo dela digo:

— Eu sou uma bruxa.