CAPÍTULO 24

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Do hospital para o cemitério. Quem diria né?

Mas ainda não está na minha hora não, dois dias se passaram desde o meu encontro com a Alison, e nesse tempo preparei a poção, que é o item número um para ajudar ela e depois de passar no hospital e deixar a poção com a Lydia como prometido, finalmente resolvi tomar vergonha na cara e criar coragem para visitar o tumulo dos meus pais. Quem sabe tenha algo aqui que possa me levar na direção do maldito livro.

Estava de tarde e não sabia qual eu ia visitar primeiro. Do meu pai ou o da minha mãe, eles foram enterrados distantes um do outro.

Resolvi ir ao da minha mãe primeiro, se tivesse alguma coisa errada, como Peter tinha insinuando, eu queria ver com os meus próprios olhos.

Depois de muito sol queimando o rosto e muitas paradas para descansar, pude concluir que uma coisa que ninguém fala sobre os cemitérios. É que parece um grande labirinto. Serio. Perdi-me umas três vezes tentando achar o túmulo da minha mãe.

Depois de andar por mais alguns minutos, tenho a sensação de estar sendo observada. Olho várias vezes para trás e para os lados e não encontro nada.

Mais um tempo depois, quando percebo que estou chegando, me sinto meio sufocada e vejo que de repente estou cercada por uma neblina. Ouço a voz da minha mãe falando a frase do sonho que venho tendo.

Sinto uma mão agarrando o meu braço e dou um pulo para trás deixando um grito sair da minha boca.

— Calma.. sou eu.

— Isaac! O que você ta fazendo aqui?

—Fiquei preocupado quando vi você saindo de fininho hoje de manhã e te segui... depois conversamos melhor... — ele tenta olhar ao redor, mas tem muita nevoa — Temos que sair daqu... —Sua frase foi interrompida porque ele foi puxado para trás e sumiu na névoa.

—ISAAC! – Gritei seu nome, meio nervosa. Afinal não fazia ideia do que estava acontecendo. Logo depois sinto uma pancada na cabeça e apago.

*****

Estou deitada. Sinto minha cabeça latejar e abro meus olhos devagar e não enxergo nada, pois não ha nenhuma luz. Mexo-me e tento levantar, mas bato a cabeça em algo.

— Merda. — digo colocando a mão na cabeça. Ótimo, vou ter dor de cabeça para a vida toda.

Coloco minha mão no bolso e pego meu celular. Onde estou? Ligo a lanterna e ilumino o lugar, viro para o meu lado esquerdo e tem madeira igual a que esta em cima de mim. Não consigo olhar para meus pés sem bater com a cabeça da madeira a de cima.

— Ai meu deus! Não pode ser... – digo sussurrando.

Sinto a minha respiração ficando mais rápida.

Começo a bater na madeira, tentando mover a tabua ou qualquer coisa que esta em cima de mim, mas falho miseravelmente. Só consigo com que caísse terra em meu rosto. Entro em pânico. Estava presa debaixo da terra.

Tento me acalmar um pouco e pego o celular novamente e ilumino o local.

Olho aflita para o lado direito e percebo que não estou sozinha.

Isaac esta inconsciente no meu lado. Ótimo. Pelo menos não estou trancada num caixão sozinha. Ou péssimo, mais gente para dividir o ar.

Coloquei minha cabeça para funcionar e calculei com muita calma, todas as opções que tínhamos.

Bom, pelo menos é isso que eu deveria ter feito, mas isso foi antes de eu descobrir que meu celular estava sem sinal, devido ao que mesmo? Ah é eu estava TRANCADA NUM CAIXAO DE BAIXO DA TERRA COM UM LOBISOMEM.

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