CAPÍTULO 22

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Recuperando meus sentidos ao poucos, pude sentir um grande peso no meu peito. Acho que depois de tudo estou tendo falta de ar, que ironia.

Abri os olhos e encontrei um par de olhos verdes me observando cara a cara e dei um grito de leve, me sentando na cama e fazendo Margo recuar um pouco.

— JESUS! MARGO!

No mesmo instante percebo que estou num quarto de hospital. Aah não. Não acredito que eles fizeram isso. Odeio hospitais. Alguns segundos depois de eu ter me assustado com Margo, três figuras abrem a porta do quarto parecendo meio desesperados.

— Você acordou! – falou Stiles entrando no quarto seguido de Scott e Isaac.

— Que bom que esta bem... — Disse Scott fechando a porta atrás deles— Ficamos preocupados.

— Ok, entendo isso...MAS REALMENTE PRECISAVAM ME TRAZER PARA UM HOSPITAL? Odeio hospitais. — Disse fingindo estar mais irritada do que realmente estava.

—Ei, não tivemos outra opção ok? — Disse Stiles. – Você parou de respirar durante alguns segundos, queria que a gente fizesse o que?

Abaixei a cabeça e mexi na Margo, enquanto eu sussurrava um pedido de desculpas.

— Tudo bem, não é sua culpa. – Disse Scott

Olho para ele franzindo o cenho, pronta para falar: tem certeza disso? Mas logo o vejo balançando a cabeça encerrando o assunto antes que começasse. Ótimo ele não quer falar sobre a destruição que causei na clínica.

Percebo que os três não se aproximaram e ainda estão perto da porta e pergunto.

— Porque vocês estão se espremendo perto da porta? Esse quarto é enorme.

Os três mosqueteiros se olham e Isaac responde.

— Margo.

— Essa sua gata demoníaca ta aqui desde que você chegou.. tirando Isaac, nem sabíamos que você tinha uma gata para inicio de conversa... enfim, não tenho ideia de como ela sabia onde você estava ou o que tinha acontecido só sei que pulou em cima de você e não deixou ninguém chegar perto. – Disse Scott por fim tentando recuperar o fôlego depois desse monologo.

— Vocês não tem vergonha na cara não? – Apontei para Margo - Gato- Aponto para eles - Lobisomens.

— Isso, vai tirando onda com a nossa cara mesmo, você não sabe do que ela é capaz. — Disse Stilles apontando dois dedos em direção aos olhos da gata e depois no dele. —Estou de olho em você.

Conversamos durante um tempo apenas para descontrair ou se preferir fugir do assunto principal que era: Cassandra usa bruxaria contra vilão e destrói parte da clinica veterinária e põe seus amigos em risco.

Estou achando que eu realmente deveria virar jornalista caso nada dê muito certo na minha vida, meus títulos iam chamar a atenção de qualquer leitor.

Quando o silêncio invade a sala. Resolvo finalmente dar a partida e entrar no assunto que ninguém quer.

— O que aconteceu com Peter? — Pergunto olhando para Margo, tentando não encara-los.

— Fugiu. De novo. – Diz Isaac que depois que percebeu que Margo estava mais calma, estava sentado na beirada da minha cama.

— Não se preocupe com isso, vamos dar um jeito. – Disse Scott. – Sempre damos.

Tia Melissa abriu a porta antes que desse tempo para qualquer um falar algo.

— Bom dia flor do dia! Será que ainda falam esse tipo de coisa? Pela cara de vocês acho que não. —Disse fechando a porta e vindo na minha direção e pergunta. —Como se sente?

— Melhor do que nunca! – Disse me espreguiçando. – Mas a pergunta que não quer calar é: Já posso ir para casa?

— Nos seus sonhos, hoje você vai passar a noite aqui comigo, quero manter você sobre supervisão e ai amanhã ... dependendo do resultado dos seus exames você vai receber alta.

— Mas eu estou be... — Deixando a frase morrer quando vi Stiles e Scott, fazendo sinais de que não deveria discutir pois não adiantaria nada.

— É o que todos dizem. —Disse minha tia me respondendo. —E o que vocês ainda fazem aqui? Ela precisa descansar!

Não foi necessário falar duas vezes. Os garotos saíram e logo ela foi atrás. Deixando-me sozinha com Margo e meus pensamentos.

Consegui descansar? Não. Então Margo resolveu me levar para um tour no hospital. Assaltar as maquinas de doce, fugir da tia Melissa, enfim qualquer coisa que podia me distrair daquele lugar todo branco que por mais que servisse para ajudar as pessoas, no meu caso estava me deixando doente.

Passeando por um dos corredores, sinto uma forte presença de Lydia, acho que seus sentidos de banshee estavam ligados, seja lá como ela faz isso. Resolvi segui essa onda sinistra e encontrei a num quarto onde vi um garota que parecia a branca de neve deitada no meio de alguns aparelhos.

— Cassi... quase não te vi ai. Como esta se sentindo?

— Melhor. – Disse sem tirar os olhos da garota deitada na cama feito pedra. - Essa é a..

— Sim, é a Alison.

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