Capítulo 2: Choque Cultural

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N/A: Talvez tenha ficado confuso, mas Ana chegou na escola quinta-feira a noite. Teve uma viagem longa e colocaram ela para domir num quarto extra na ala dos professores. Na sexta ela passou o dia descansado, pois teve uma longa viagem e os professores estavam ocupados e sexta a noite Mcgonagall finalmente a levou para conhecer melhor o castelo e ser selecionada.

Daí o meio do capítulo um já é na segunda, quando ela já se instalou e conheceu alguns alunos da lufa-lufa. Acho que é isso.

Bora pro capítulo!

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A primeira semana de aula foi intensa. Ana sentiu um nó salgado na garganta no instante em que entrou em sua primeira aula, Feitiços, até aquele momento.

O castelo era grande demais, os alunos eram muitos, as regras eram das mais tolas as mais complexas e todos pareciam estar num ritmo que ela nunca conseguiria alcançar na vida. Tomou bronca pelas coisas mais idiotas, como não usar gravata, fazer feitiços que a sala ainda não havia aprendido, precisar ir no banheiro, chegar apenas 5 minutos atrasada e o mais bizarro de todos, pontuar o professor de Trato das Criaturas Mágicas quando ele estava errado.

Só de lembrar que quase tomou detenção por citar uma lei atualizada para o professor de criaturas mágicas, enquanto ele ainda ensinava a antiga, já lhe dava vontade de deitar embaixo das cobertas e nunca mais sair. Sua vó lhe deixaria eternamente de castigo se tomasse uma detenção na primeira semana.

A única vantagem de estar tão ocupada era não ter tempo ou disposição para revirar seu passado. Apenas a ideia de olhar para sua vida lhe dava arrepios e vontade de chorar. Sentia-se aliviada de, naquele momento, estar prestes a descansar em seu quarto, mas não queria muito tempo para pensar.

Parada em frente a entrada de sua casa, Ana piscou enquanto encarava a sequência complicada que sua colega, Wendy Davies, lhe mostrava ao entrar no salão comunal. Tentava se lembrar de quantos corredores havia virado até ali.

Ela ainda não tinha decorado a sequência e forçou seu cérebro a focar, não queria tomar um banho de vinagre caso errasse. Ela viu um garoto do primeiro ano errar e foi horrível. Se perguntava porque raios existiam armadilhas para, basicamente, ir para o próprio quarto dormir.

Acessar o salão Comunal da Lufa-lufa lhe tirava o fôlego, ainda não tinha se acostumado. Parecia a casa de uma fada da floresta. Aconchegante, com muitas plantas e um cheirinho perfeito de chá e pão assado. Era o aconhengo que precisava naquele país frio.

A luz do sol, que entrava durante todo o dia, lhe dava uma sensação de paz e lhe lembrava da casa de sua avó, no litoral basileiro. Se perguntou como era o salão da Corvinal, onde seu pai viveu a adolescência.

ー Wendy, de onde vem o cheiro de chá e pão?

Sua colega a olhou com certo estranhamento e Ana sentiu a bochecha corar ao lembrar que as pessoas naquele país se tratavam pelo sobrenome.

ー Estamos ao lado da cozinha. - Ela sorriu de canto - Como nossas paredes são de madeira, os cheirinhos de chá e pão sempre passam pela manhã. Mas imagino que as paredes gostam do aroma do chá e o mantém.

ー As paredes... O que?

ー Truques da nossa casa. Enfim, sabe essas portas pequenas? Os Elfos passam por elas às vezes e nos trazem biscoitos e chá.

Ana olhou para as portinhas e depois observou toda estrutura redonda da sala. Era tão aconchegante. A lembrou de uma casa de Hobbit, do livro que sua mãe amava.

Burn with me pleaseOnde histórias criam vida. Descubra agora