Capítulo 9: O perigoso ato de imaginar

74 5 37
                                    

N/A: Esse capítulo é beeem longo. Deu 41 páginas de doc. Então, sente-se num lugar confortável, reservado de preferência e se prepara. Esse cap tem angst, tem hot, tem James sendo James. Tem mta coisa hehe.

A música que me inspirou boa parte desse cap foi Sozinho do caetano veloso, mas a versão mas a versão da trilha sonora da fic é tá lá na playlist e a da dupla Lucas e Orelha

.

.

.

Por que você me esquece e some? E se eu me interessar por alguém? E se ele de repente me ganha? Ou você me engana, ou não está maduro. Onde está você agora? | Sozinho - Caetano Veloso

.

.

.

.

Era sábado, final de tarde, e Ana tentava se controlar enquanto assoava o nariz. Jessica Tremey anotava na prancheta e a deixava, por alguns minutos, sentindo o que precisava sentir. Estava quase ao final de sua sessão e não poderia estar pior.

ーMuito bem, Ana. Muito bem. Deixe sair.

Ana continuou chorando, seu peito ardia enquanto as lembranças de Henry ainda lhe causavam enjoo. Era a primeira vez que conseguia falar sobre aquele assunto na sessão e o resultado não foi suave.

Ela começou a sessão falando de Lily e o quanto se sentia culpada por ter revelado sobre seu passado. O episódio da enfermaria levou sua mente a lugares que não queria olhar nunca mais. Era como se uma culpa agressiva lhe devorasse de dentro pra fora.

Após muitos exercícios de respiração, ela finalmente sentiu que poderia parar de chorar.

ーMe desculpa. - murmurou com vergonha, se ajeitando na poltrona. A sala estava, como sempre, com a iluminação aconchegante e decoração que a acalmava.

ーEstá tudo bem, Ana. Entrar em contato nossas dores não é uma tarefa prazerosa, mas precisamos, para conseguir nos curar. E se abrir para seus amigos não é ruim. É natural. Deveria ser.

Ana assentiu, pensando nas pessoas que tinha conhecido e se sentindo um pouco melhor. Enquanto Jessica lhe ajudava a se acalmar, ela se lembrava do que aconteceu na quinta-feira e levou a mão até a gargantilha. Para não fugir do costume, Sirius Black e Remus Lupin rondavam seus pensamentos. Engoliu em seco, tentando controlar a linha de pensamentos.

ーAconteceu mais alguma coisa? - Ana engoliu em seco e em seguida assentiu. Não havia motivos para esconder as coisas de sua terapeuta.

ーSabe... Sabe Sirius Black? - A mulher assentiu e a jovem se sentiu idiota por perguntar, ele era paciente dela também. - Ele me ajudou muito, com o ataque de pânico e durante a semana eu... - Conforme se lembrava do que aconteceu na festa de aniversário e no dia anterior, seu coração apertava. - Me senti muito bem perto dele. Muito mesmo. - Abaixou os olhos, sentindo vontade de chorar - Mas... Mas na quinta-feira, no aniversário dele, ele me tratou com frieza, de um jeito que nunca fez antes. Estava estranho, distante e...- Ana olhou para cima - Ele falava com todo mundo do mesmo jeito, menos comigo ou Remus. Como se eu tivesse feito algo errado.

Na quinta, após Ana chegar atrasada para o aniversário dele, o rapaz lhe dirigiu a palavra apenas quando já estava alterado pelo álcool e foi lhe devolver a gravata. Ana se irritou com ele, pois ele claramente a evitou e depois fingiu que estava tudo bem, flertando com ela como fez com todas as pessoas das quais cruzou o caminho. Ele não a tratava assim num dia normal

Para completar sua frustração, ele e Remus estavam no meio de uma disputa de ego que ela entendeu muito bem do que se tratava. Podia ser ditraída, mas tinha uma sensibilidade grande para o comportamento das pessoas. E pôde entender perfeitamente quando Sirius a usou para fazer ciúmes ao outro.

Burn with me pleaseOnde histórias criam vida. Descubra agora