Burn with me please

Capítulo 10: Beijos, blues e música

N/A: Cap numa vibe triste, mas prometo que é fluflly. Afinal, esse é um romance slowburn né e se não tiver momentos fofos n dá! KKK.

Muitas músicas me seguiram em algumas cenas, mas nessa primeira cena com certeza foi a que tá no abre do capítulo. 

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I'll never find the words to say, I'm sorry. But I'm scared to be alone - Kid Laroy without you

ー Então vem. - Ele sussurrou de um jeito quase manhoso e não andou, continuou parado, observando seu pescoço.

ーPra onde?

A pergunta dela o fez piscar e Sirius sorriu, voltando a andar.

ーVou te mostrar. - E após a declaração misteriosa caminhou até uma passagem que deveria dar para dentro do pátio, mas estava bloqueada. Alguém tinha erguido uma parede e agora era apenas um canto qualquer.

ーVocê se esconde aqui e fica de castigo, olhando pra parede? - Provocou e ele soltou um risinho discreto, a olhando de canto. Adentraram mais pelo arco e Ana pode ver uma escada que não estava ali antes. - Oh. Interessante.

Ele riu e subiram as escadas. Estavam numa parte do pátio, acima, num pequeno terraço desativado. As folhas mortas e cara de abandonado diziam muito sobre o local. Ana engoliu em seco, obervando a paisagem. Atrás apenas uma parede enorme. Podia ouvir os alunos lá embaixo, no pátio, mas era um ruído distante e abafado, como se tivessem nos jardins e não tão perto.

ーQue lugar é esse? - Ela andou para frente, podendo ver boa parte dos jardins e se segurando no beiral.

ーUm antigo atalho dos jardins para o castelo. Olha bem. - Sirius, ao seu lado, apontou com a cabeça para esquerda e Ana percebeu que se tratava de uma ponte larga de concreto e não um terraço. A ponte não dava a lugar algum, já que parecia sumir no meio do nada e a outra parte desaparecia num paredão de uma das torres.

O local estava cheio de folhas velhas, galhos e poeira. Alguns banquinhos de descanso e decoração antiga, de outras eras do castelo, permaneciam ali. Era como se tivesse entrado num portal do tempo. Apertou a mão na dele, sem perceber. Seu coração batia mais rápido e suspirou com a vista.

ーComo descobriu isso aqui?

ーEu fuço muito por aí. Mas é meu local, só meu. - O tom quase infantil de orgulho fez o coração de Ana derreter um pouco. Ele era fofo de guarda baixa.- Nem meus amigos sabem disso. As vezes só preciso de um lugar meu pra pensar. Ninguém pode me ver, nem se eu me pendurar aqui. Tem algum feitiço de ilusão, igual o da passagem que entramos.

Ana piscou, impressionada e respirou o ar gelado. O cheiro de natureza e das montanhas era reconfortante e diferente do que era acostumada.

ーE me trouxe aqui, no seu lugar super secreto e especial, pra...?

ーPra te dizer que na verdade - Ele levou a mão livre ao peito. -Sou um vampiro disfarçado. Frequento a escola em busca de sangue jovem para me manter vivo e sexy.

Ana piscou, absorvendo o que ele tinha lhe dito, então ele rosnou, tentando mostrar presas que não existiam e a garota achou a cena simplesmente adorável. Jogou a cabeça para trás e riu, o olhando feito a peça rara que ele era.

ーOh! Sempre quis saber uma coisa! - Ana abriu um sorriso quase maníaco - Ao virar morcego, suas roupas encolhem e mudam com você ou precisa tirá-las? E se sim, quando volta está sempre peladão? Deixa uma muda de roupa em lugares estratégicos?