Burn with me please

Capítulo 11: Verdades confusas

N/A: Nem sei se tem alguém acompanhado nesse site, mas continuarei postando msm assim. =D

Esse capítulo pra mim, quando está no ponto de vista da Ana, se fosse um clipe, ficaria mudando a paleta entre um azul inverno e um amarelinho final de tarde. Sei lá. Me senti melancólica escrevendo, mas feliz também.

É mais um passinho que a Ana dá em busca de se curar e gosto muito.

Relido, mas erros acontecem.

Aviso: A primeira parte desse capítulo pode dar gatilhos de ansiedade e pensamentos su*c*das

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Look at the stars. Look how they shine for you. And everything you do. Yeah, they were all yellow - Coldplay yellow.

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Era manhã de domingo, Ana acordou com um humor excepcional. Parecia que, mesmo as vésperas do inverno, o dia estava mais amigável. Na noite anterior, após um banho quente, dormiu agarrada no seu casaco de tricô, pois o mesmo estava com o cheirinho de Sirius e Remus e a fez lembrar de como deitou entre eles na volta para casa.

Lembrou-se do momento a sós com Remus. Como ela pôde ser tão cega de não notar logo? Piscou, enquanto se arrumava, sentindo o rosto arder. Ela deveria ter percebido de cara. Viveu em meio a pessoas com licantropia por muito tempo para que aquilo lhe passasse despercebido por quase quatro meses.

Lançou um olhar para debaixo da cama, sabendo das anotações de seu pai e se perguntando se deveria olhar para aquilo. Quando ele morreu ela jurou a si mesma que nunca mais gostaria de saber de nada relacionado a lobisomens. Mas lá estava ela, se aproximando de um.

"Ele não é um lobisomem. Ele é Remus, ser lobisomem é parte de uma condição de saúde apenas, como ter alergias ou diabetes"

Se recriminou, pensando que Remus também não era uma pessoa qualquer para si. Suspirou, na frente do espelho, tentando se distrair do fato de estar confusamente atraída por dois garotos ao mesmo tempo. Olhou para as opções de roupas na gaveta e decidiu colocar um jeans claro,coturnos e por cima o casaco colorido de tricô, do qual dormiu agarrada.

"Que saudades dá vó Su" pensou em sua carinhosa avó materna, que fez a peça para ela.Sem resistir, puxou o casaco para perto do rosto, fechando os olhos ao sentir o cheirinho bom de Sirius, que era o aroma mais forte.

Alice, que também se arrumava, a olhou com estranhamento e soltou uma risadinha. Ana corou e decidiu ignorar a amiga, que a provocou.

Tentou ajeitar os cabelos o máximo que deu, mas o frizz estava impossível. Por fim, deu comida a Bing e seguiu para o salão comunal, ainda pensando nos garotos.

Ela realmente estava gostandos dos dois ao mesmo tempo? O era só carência? Bufou, pensando que tallvez aquilo não fosse tão comum, mas errado não deveria ser, pois ninguém estava sendo magoado, como na situação com Bia e Henry.

Ela sabia que agora era diferente, pois já tinha magoado as pessoas e a sensação era oposta ao que sentia no momento. Não conseguia entender muito bem o que estava acontecendo entre os três, mas era algo que a fazia se sentir segura.

Wendy as esperava no sofá, lendo algum livro grosso. Ela comentou algo com Alice que Ana mal escutou. Enquanto saia do salão comunal, sua cabeça estava nas nuvens e o coração um tanto quanto ansioso para encontrar qualquer um dos dois, sentir um pouco mais daquela adrenalina e conforto. Ainda se lembrava de como ela e Remus se tocaram na cabine do trem. Ele parecia tão vulnerável e bonito.