Capítulo 9

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" ..... E tens um ar abandonado, como quem caminha sonâmbula, por um estranho caminho feito de céu e de lua...

 E tens um ar abandonado, como quem caminha sonâmbula, por um estranho caminho feito de céu e de lua

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Nate estava tenso e era difícil esconder seus sentimentos. Uma veia pulsava visivelmente no semblante enrijecido e raiva aparecia em cada uma das palavras que repetiu.

_ Quando você perdeu um filho?

_ Nate... _ Gabe tentou interferir.

_ Fica fora disso. _ a ordem foi proferida sem que Nate desviasse os olhos de Madalena. _ Fale!

_ Anos atrás. _ Madalena o encarou e pode ver a revolta estampada em sua face.

_ Era... Era meu filho? _ Perguntou, mantendo sua raiva sobre um rígido controle.

_ Sim. _ Madalena murmurou as lágrimas escorrendo suavemente por seu rosto.

Nate cerrou os punhos e Gabriel deu um passo a frente, intervindo mais uma vez.

_ Onde está o bebê?

_ Nate....

_ Cale-se! _ Onde ou furioso ao irmão, para em seguida pressionar Madalena. _ Resposta.

_ Ele... Ele... _ A voz de Lena falou, por que ainda era difícil pronunciar aquelas palavras. _ Ele... Morreu.

_ Nate, e melhor você.... _ Gabe tentou outra vez.

_ Melhor? _ Nate riu desgostoso. _ Vocês todos acham que sabem o que é melhor pra mim, não e verdade? _ deu um soco na mesa, próximo da qual parou. _ Você compactuou com essa mentira! _ Gritou.

O grito chamou a atenção das outras pessoas que vieram até o escritório. Apesar de Nate não desviar os olhos por um momento sequer de Madalena, percebeu-lhes a chegada.

_ Durante todo esse tempo.... _ Começou, parando com a força do seu ressentimento. _ Um filho... E vocês sabiam... Todos vocês sabiam...

Nate fechou os olhos e respirou fundo, numa tentativa de controlar seu Sentimentos intensos.

_ Eu odeio você! _ Disse e Madalena se encolheu como se tivesse recebido uma bofetada. _ Odeio todos vocês! _ Gritou antes de sair da sala como se mil demônios o perseguissem.

A saída intempestiva de Nate provocou um silêncio constrangedor no ambiente. Micael correu atrás dele, tentando impedir que ele fosse embora daquele jeito. Mariana foi para junto de Lena e segurou suas mãos trêmulas tentando confortá-la. Madalena encarou Serena, que tinha lágrimas nos olhos e uma expressão de pesar por seu sofrimento.

_ Ah, filha! _ Serena disse se aproximou. _ Você passou por isso sozinha... Eu podia ter ajudado.

Madalena se jogou no abraço confortador daquela que sempre a amara como uma filha. Serena ajudou sua mãe quando ela apareceu sem marido, sem emprego e com uma filha recém nascida para criar. A amizade entre as duas era enorme e foi a Serena que sua mãe confiou a guarda de sua filhinha, com apenas cinco anos, quando morreu.

      "Anjo da Tentação"  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora