Capítulo 10

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" .....Gosto de ti desesperadamente...

  _ O que pensa que está fazendo?

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_ O que pensa que está fazendo?

A pergunta ultrajada de Gabriel preencheu o escritório de Natanael exatamente cinco dias depois do fatídico almoço em família. Nate respondeu em tom baixo e frio, contrastando com tom passional do irmão.

_ Estou trabalhando.

_ Estou falando em relação a Lena. _ Gabe falou num tom perigoso.

_ Lena? _ Nate perguntou, com descaso. _ Não sei sabre o que está falando.

Gabriel deu um profundo suspiro e agitou as mãos no ar ao responder.

_ Então é assim que vai agir? _ Perguntou inconformado. _ Droga Nate! Pensei que você fosse adulto o bastante para isso!

_ Isso... O quê?

_ Agir como uma criança emburrada! _ Gabe observou. _ Fingir que não conhece Madalena só porque....

_ Ela mentiu pra mim? _ Nate ajudou. _ Mas, o que eu podia esperar de você? Também mentiu pra mim! _ Exclamou, perdendo o controle.

_ Eu só soube que Madalena tinha um filho quando recebi um telefonema desesperado. _ Gabriel suspirou, emocionado. _ Eu jurei manter segredo, antes de saber que o filho era seu.

_ E você ainda tenta defende-la!

_ Se a "defendo", como você diz, e por que sei o que o sentimento de culpa fez com ela. _ Gabriel explicou num tom comedido. _ Madalena entrou em depressão depois que o seu filho morreu, Nate.

_ Meu filho? _ Perguntou levantando-se e apoiando as mãos na nada. _ Deus! Eu nem ao menos pude.... _ Balançou a cabeça, inconformado. _ Esqueça. _ Fechou os olhos e voltou a sentar. _ Se não tem mais nada a dizer...

_ Não. _ Gabriel depositou um papel com um endereço, na escrivaninha, a sua frente antes de encaminhar-se para a porta derrotado. _ Ela te ido até lá todas as tardes.

Nate observou o papel por um longo tempo depois que Gabriel se foi. Sentimentos conflitantes debatia-se em seu peito, deixando-o impaciente. Todos o estavam crucificando. Sua mãe lhe intimou a tomar uma atitude decente e até seu pai, sempre calmo e centrado, lhe repreendeu vigorosamente por ter largado Madalena sozinha. Nate queria gritar que ninguém sabia o que estava sentindo, mas optou por ignora-los a todos. Não podia mais continua agindo assim. Encerrando o expediente mais cedo, resolveu que não adiantava tentar evitar os problemas, e andou ao encontro de Madalena.

Sentada em um sofá, Madalena olhava para a janela de onde era possível perceber a tarde cinzenta do Rio de janeiro. O clima combinava perfeitamente com seu estado de espírito. Cinza. Olhou rapidamente para a camiseta verde que usava, decidindo-se a trocá-la antes de sair. Usaria algo cinza. Foi naquilo que sua vida havia se transformando. Em vazio imenso, doloroso... Cinza. Finalmente uma voz um tanto quanto irritada,penetrou em seus pensamentos.

      "Anjo da Tentação"  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora