CAPÍTULO 11

283 27 21
                                    

P.O.V. Madison

Foi muito bom sentir Jonathan me beijando depois de tanto tempo, continuava tão bom quanto antes. Infelizmente meu momento de satisfação não durou muito, pois assim que nos separamos do beijo pude ouvir de longe alguém falando alto, quase gritando, parecia que tentava chamar a atenção de alguém.

- Ei, ow! Ei gracinha! - a voz foi se aproximando, fazendo com que eu e Jon virássemos pra ver o que estava acontecendo.

Um cara com um cabelo castanho espetado, usando uma regata cinza, jaqueta jeans e com uma garrafa de whisky na mão estava se aproximando de nós, parece que estava tentando chamar nossa atenção. Assim que ele chegou a poucos metros de nós, começou a falar:

- Ei, você mesmo, gracinha - ele chamou, olhando para Jonathan com um olhar obsceno - Quanto que tá o programa?

- Quê? - Jon perguntou, sem entender direito o que estava acontecendo ou de onde saiu aquele cara.

- Quanto que você cobra pra eu comer você, gracinha? É isso que quero saber. - ele respondeu sendo mais direto.

- Sai fora, cara. - Jon falou em um tom sério.

- O que foi? Vai me dizer que não faz programa? Vestido desse jeito aqui fora, eu sei que você está oferecendo, só não deve ter ido com a minha cara, mas vou te dizer uma coisa: tenho um amiguinho aqui embaixo bem dotado, viradinhos como você adoram colocá-lo na boca e brincar um pouco com ele, você não vai se arrepender.

- Vai se foder, cara. Eu nem te conheço, muito menos estou interessado no seu "amiguinho" aí embaixo, se manda. - ordenou Jonathan.

- Ah, então a putinha vai se fazer de difícil? O que foi? Você gosta de ser agarrado à força, é? Tudo bem, também acho gostoso. - ele respondeu, ainda com aquele sorriso malicioso estampado.

- Se você chegar perto de mim você vai se ver comigo. - alertou Jonathan, ele certamente era alto, mas não era mais forte que aquele cara malhado.

- Fale assim comigo de novo e é você que vai se foder. - o cara ameaçou violentamente, apontando para a cara de Jonathan com a mesma mão em que segurava a garrafa de whisky.

Percebi que eu precisava fazer algo, olhei em volta procurando algo que eu pudesse jogar na cabeça daquele cara, caso ele tentasse se aproximar mais.

- Não vai querer se divertir comigo, gracinha? - perguntou aquele homem - Vou te mostrar como trato bichinhas como você. - disse, andando lentamente na direção de Jonathan, fitando-o de cima a baixo.

A única coisa que havia perto de mim era um latão de lixo, ao qual comecei a me aproximar lentamente, o cara pareceu não se importar muito, provavelmente achou que eu fugiria para não ser pega também. Olhei de soslaio para dentro do do tonel de metal, que servia como lixo, haviam várias garrafas de cerveja vazias e elas pareciam ser a minha única opção. Mais rápido do que eu mesma pude imaginar, num pico de adrenalina, peguei uma daquelas garrafas e bati o fundo contra a beirada do tonel, quebrando-a. Com o barulho, o cara finalmente voltou a olhar pra mim, parecia enfurecido com o que via.

- Então o viadinho precisa de alguém para protegê-lo? - ele caçoou de Jonathan, deixando-o ainda mais irritado - Se sua amiguinha quiser ela pode participar também.

- Cai fora. - falei. Eu segurava a garrafa em uma das mãos, com o braço abaixado, eu não queria passar daquele ponto.

- Você quer ser a primeira? Pode deixar, eu deixo você mamar primeiro, vadia. - ele disse, se aproximando de eu e Jon.

- Não ouse chegar perto de mim, seu filho da puta. - eu gritei bem alto, apontando a garrafa quebrada na direção dele, ela era minimamente pontuda para tirar um pouco de sangue daquele idiota.

Somebody SomeoneOnde histórias criam vida. Descubra agora