Notas da autora: galera, queria saber de vocês se estão achando a história longa demais, o meu ritmo de fanfic é assim, mas eu posso dar uma enxugada. Gosto de histórias com detalhes porque acho que são os detalhes que importam numa história onde as pessoas se apaixonam, sei lá, talvez eu seja meio boiolinha, mas acho importante que a história seja algo vívido. Enfim, gostaria da opinião de vocês. Beijinhos.
P.O.V. Madison
Definitivamente a melhor parte do beijo de Jonathan era como ele parecia se envolver naquilo, fazendo com que fosse impossível enjoar de seus beijos.
- Desculpa - ele disse após se afastar - eu gostaria de conversar com você quando estamos a sós, mas... mas às vezes parece que há coisas mais urgentes.
- Eu adoraria conversar mais com você, mas entendo seu ponto, sinto o mesmo.
- Seria mais fácil se você não me provocasse. - falou Jon.
Senti uma satisfação interna ao saber que minhas provocações tinham algum efeito sobre ele.
- Okay, mas não prometo nada. - respondi, sorrindo maliciosamente.
Andei em direção à cama e sentei nela, eu já estava cansada de ficar em pé. Jonathan me acompanhou, fazendo o mesmo.
- Sou péssimo em puxar assuntos... - disse ele em um tom de confissão.
- Você dança? - perguntei a primeira coisa que veio à minha cabeça, eu gostava de assuntos ridículos.
- Por que eu dançaria? - ele riu.
- Sei lá, porra. - ri junto.
- Eu achava que dançava quando eu era adolescente. - ele disse.
- Você dançava quando era adolescente? - ri meio incrédula.
- Eu ouvia muito new wave, pós-punk, coisas assim... Eu era fã de Duran Duran, mano. - ele contou, soltando um riso meio envergonhado.
- Ué, como assim cara?
- Como você acha que eu ganhei fama de viado? Claro que não foi só isso, mas tipo, eu achava maneiro, tentava me vestir daquele jeito, usava lápis de olho, eu tinha furos na orelha também, e, pra completar, eu costumava ir nessas festas aí em porões de desconhecidos pra ouvir essas merdas tipo synthpop e dançar. Sei lá, dá até vergonha de lembrar.
- Simplesmente inacreditável. - eu não consegui me conter, caindo na gargalhada - Desculpe, não tô rindo de você, tá, só um pouco... mas porra, eu pagaria caro pra ver um negócio desses. Não, sério, você precisa mandar os passinho, eu imploro.
- Nem fodendo. - ele me respondeu, rindo.
- Poxa, por favor. - falei fingindo estar choramingando.
- Não, valeu.
- Mas o que aconteceu no caminho pra você se tornar isso? - ironizei.
- Apenas muita coisa. - Jon respondeu e eu vi o brilho dos olhos dele indo embora.
- Não pense nisso, você não precisa ter vergonha de quem você era há alguns anos atrás, todo mundo tem fases esquisitas na adolescência, muito menos sentir vergonha do que você se tornou. Você é muito mais do que eu poderia imaginar quando via aquele cara esquisito de dreads e piercings trabalhando no necrotério, se eu soubesse teria falado com você antes.
- Não é pra tanto... - ele parecia sempre acanhado quando eu o elogiava de algum modo - Mas eu também gostaria de ter falado com você antes, sei lá, também nunca imaginei que você poderia ser diferente das outras pessoas dessa cidade de bosta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Somebody Someone
Hayran KurguNos anos 90, na cidade de Bakersfield, Califórnia, os jovens Madison Butler e Jonathan Davis não passam de duas figuras em meio à multidão, dois rostos familiares com caminhos cruzados. Suas semelhanças, porém, vão muito além de suas ocupações. Ambo...