⚠️ Notas da autora ⚠️
Queria avisar que esse capítulo tá bem boiolinha e peço perdão já de antemão.
Eu meio que imagino o JD assim meio boiolinha quando ele fala da fase "synthpop/post-punk/new wave" dele. Obs aqui que tbm foi ele que assumiu que costumava chorar muito, mesmo depois da adolescência k
A música aí em cima é a que aparece no capítulo e sim eu traduzi pra ficar ainda pior porque eu sou sentimental eu 💀
Boa leitura, beijinhos. Lembrem de curtir e comentar se gostarem 🥺👉👈P.O.V. Narradora
[FLASHBACK]
Era quarta-feira, um dia consideravelmente tranquilo na semana de Jonathan, pelo menos em seu trabalho, já que em sua mente ele não poderia dizer o mesmo sobre.
A preocupação inicial que o rapaz sentia sobre o que havia acontecido naquele último final de semana e a mágoa de precisar encarar a "verdade" foram diminuindo, abrindo espaço para a saudade e o afeto que Jonathan nutria pela garota. Não queria mais pensar no que ia dizer pra ela, ou que iria embora em um futuro próximo, naquele momento sua mente se focava em relembrar o que eles haviam vivido juntos até então e os sentimentos que esses momentos o causavam.
Quando o rapaz chegou em casa após o serviço, sentiu-se aliviado. Ele queria, ou melhor, precisava externalizar aquele sentimento de alguma maneira. Se sentia um idiota às vezes por não conseguir parar de pensar nos momentos que teve com Mad, mas ele sabia o que era aquilo e não aguentava mais tentar não se render.
Jonathan sabia que estava apaixonado.
Era isso que aquela saudade significava.
Sentia um nó se formar em sua garganta com todas as coisas que passavam por sua cabeça, a maioria delas negativas, criando uma pilha de pensamentos indigestos com a qual ele não estava sabendo lidar.
Estava tão absorto com seus sentimentos que esqueceu de trancar o portão da frente, mas pelo menos lembrou de trancar a porta quando entrou em casa. O jovem tirou suas roupas de trabalho e se enfiou o mais rápido possível embaixo do chuveiro, na esperança de ser confortado pela água quente, no entanto aquele sentimento não parecia passar.
Ao voltar para o quarto e vestir uma roupa confortável, o rapaz se dirigiu até seu armário, tirando uma caixa de papelão específica ali de dentro, com vários vinis dentro. Quando Jon se mudou ele levou consigo apenas seus vinis mais importantes, o rapaz queria ter se livrado de todos, mas não conseguiria fazer isso, apesar das babaquices que ouvia diariamente por gostar daquele tipo de estilo, Jon decidiu não abrir mão daqueles que tinham um valor sentimental para ele.
Olhou aqueles discos dentro da caixa, fazia muito tempo que não tocava neles e mais ainda que não os escutava. Os analisava cuidadosamente lendo as várias capas, Depeche Mode, Duran Duran, The Cure, havia ouvido tantas vezes aqueles álbuns que ainda lembrava todas as músicas presentes em cada um deles. Dentre todos aqueles vinis, Jonathan tirou apenas um da caixa: Broadcast, da banda Cutting Crew. Definitivamente aquele não era um dos álbuns favoritos dele entre os vários outros da caixa, mas ele sabia especificamente o que queria.
Se dirigiu até seu toca-discos que ficava na sala com os outros vinis, os socialmente aceitos, os que não eram "música de viado", levantando a tampa do aparelho e posicionando o disco ali. Ajeitou a agulha do dispositivo onde desejava, indo pra música que queria ouvir, a sexta faixa do álbum nomeada de Died In Your Arms. Ouvir aquela música depois de tantos anos era minimamente inusitado para Jonathan, mas estranhamente reconfortante. O rapaz apenas aumentou o volume do aparelho e deitou no sofá, encarando o teto da sala enquanto deixava aquela música permitir que ele revivesse suas memórias.
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Somebody Someone
أدب الهواةNos anos 90, na cidade de Bakersfield, Califórnia, os jovens Madison Butler e Jonathan Davis não passam de duas figuras em meio à multidão, dois rostos familiares com caminhos cruzados. Suas semelhanças, porém, vão muito além de suas ocupações. Ambo...