OBSESSIVE - VINNIE HACKER

31

- Tô com saudade dele. - Murmuro pra Mason.

Não vejo Vinnie faz 3 dias. Ele não tentou contato, nem ao menos uma mensagem. O que me fez pensar bastante. Mason se ofereceu pra ficar na minha casa e eu não neguei, agora estamos aqui.

- Por que não fala com ele? - Pergunta o ruivo me olhando.

- Não. - Faço careta. - Se ele quisesse falar comigo, ele falaria.

- Se ele falasse, você não ouviria. - Diz dando de ombros e pegando Hera, essa gata sapeca gosta de todos os homens que entram nessa casa, desde que Mason chegou aqui ela não sai de perto dele.

- Não sou mais assim. - Dou língua pra ele. - Tô tentando ser mais compreensiva.

Levanto do sofá em que eu estava e vou até Mason o abraçando por trás.

- Você tá precisando ver gente, sair um pouco. - Ele diz. Faço carinho na cabeça da gatinha.

- Não gosto de gente. - Apoio meu queixo em seu ombro. - Talvez ir ao zoológico seja mais divertido.

- Não pode ficar em casa pra sempre, sabe disso, né?

- Não é pra sempre, amanhã volto pra faculdade.

- Uau, grande diferença. - Mason se vira pra mim e coloca Hera no chão, ela fica passando pelo meio das pernas dele. - Vamos sair agora.

- Pra onde? hoje é domingo. - Faço careta. - E eu tô horrível.

- Não sei ainda, só sei que vamos sair. Vou escolher uma roupa pra você. - Ele diz e sai pulando em direção ao meu quarto.

Penso em ir atrás dele, mas escuto batidas na porta, não quero ver ninguém hoje, espero que seja só uma entrega. Vou até lá e abro dando de cara com Vinnie, tento fechar a porta no mesmo instante, mas ele coloca o pé e não consigo.

- Me dá um minuto. - Vinnie fala na brecha da porta e resolvo abrir.

- O que você quer? - Respondo e abaixo a cabeça, seus sapatos estão sujos de lama.

- Eu vim ver se você tá bem. - Ele dá um passo pra perto de mim e recua no mesmo segundo.

- Por que não ligou? era mais fácil. - Pergunto.

- Você disse que precisava de tempo, não queria invadir seu espaço. - Diz me fazendo rir.

- Invadir meu espaço, é? engraçado você falando isso. - Falo com ironia.

- Quer falar sobre isso? eu falo. - Ele cruza os braços.

- Não. - Falo dando de ombros.

- Quer que eu vá embora então?

- Não... - Suspiro. Quero que ele entre e fique comigo, mas eu nunca admitiria isso.

- O que você quer, Cassie?

Balanço a cabeça olhando pra ele. Está me dando vontade de chorar, odeio conversas sérias.

- Não sei. - Murmuro.

O loiro passa a mão nos meus lábios e olho pra ele confusa.

- Tava sujo.

- Geleia de morango. - Falo por impulso, comi dois pães com isso. A ansiedade tava me matando hoje, só faltei comer o reboco da casa.

- Você gosta muito, né? - Ele sorri. - Comprei dois potes e deixei no armário de casa pra você.

Luto contra a vontade de devolver o sorriso. É tão difícil não gostar desse idiota, ele sempre nota as coisas que gosto na mente.