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- Bom dia, senhora Hacker! sabe onde Vinnie está? - Pergunto assim que entro na cozinha. Acordei sozinha na cama, mas me lembro de ter adormecido no balanço com Vinnie. Isso me lembrou de quando eu era criança e dormia em algum lugar aleatório, eu sempre acordava magicamente na cama.

- Ele está na garagem desde cedo. - Ela responde arrumando a louça suja. Eu até me ofereceria pra ajudar, porém conheço ela e sei que não vai deixar.

- Obrigada. - Me viro para ir atrás dele e ela chama minha atenção.

- Não vai tomar café?

- Mais tarde, não tô com fome agora. - Sorrio pra ela e saio indo para fora da casa. Eu não sabia onde era a garagem da casa, então demorei um pouco pra acha-lo. 

Encontro Vinnie mexendo em uma bicicleta, sem camisa e um pouco suado. Não consigo segurar meu sorriso, esse homem por acaso é meu?

- Bom dia, fugitivo. - Falo me sentando em um banquinho proximo à ele.

- Bom dia, amor. - Ele diz e vem até mim depositando um beijo na minha testa.

- O que tá fazendo?

- Não consegui dormir muito, então resolvi vir aqui. Achei essa bicicleta velha, tô fazendo ela voltar a funcionar. - Ele parece meio distante daqui.

- Não dormiu por causa do que eu pedi ontem?

- Ah, Cassie. - Ele bagunça os cabelos. - Por parte sim, não posso dizer que gostei da sua ideia. Por mim você nunca mais falaria o nome dele, mas se você acha que isso vai te ajudar em algo, o que eu posso fazer, né?

- Se você quiser eu não vou. - Dou de ombros.

- Não pode fazer sempre o que eu quero. - Ele agacha na minha frente suspirando. - O que você quer fazer?

- Eu... eu quero ir lá. - Mordo meu lábio inferior. Também não gosto de ficar voltando nisso, mas dessa vez espero que seja a última.

- Então é isso, vamos fazer o que você quer. - Ele levanta e volta a mexer na bicicleta.

- Não vai ficar com raiva? - Pergunto confusa.

- Por você fazer suas escolhas? - Vinnie me olha com as sobrancelhas franzidas. -  Eu te fiz pensar assim?

- Não. - Rio soprado. - Só não tô acostumada com isso, parece fácil. - Vou até o loiro e o abraço por trás. - Nunca foi fácil com ninguém antes.

- O fácil é bom?

- O fácil é ótimo, Vinnie. - Beijo seu pescoço e sinto seus músculos tensos relaxarem.

- Quer andar de bicicleta? - Ele pergunta animado virando pra mim. - Ela tá novinha em folha.

- Por que você não anda nela?

- Quero ver você andando, vai. - Ele joga a cabeça para o lado me olhando com aquele sorriso lindo.

- Mas você consertou, anda você. - Murmuro tentando me livrar da situação.

- Cassandra... - Ele ri. - Você não sabe andar de bicicleta?

- Sei! só não quero ir. - Eu não sei. É uma das coisas básicas que eu nunca aprendi, na verdade nem tentei. Como eu poderia? passei mais da metade da minha vida me preocupando com a minha mãe, não tive tempo pra mim.

- Tá na cara que você não sabe.

- Todo mundo sabe andar de bicicleta. - Falo tentando convencer ele.

- Você não sabe. - Me olha com as mãos na cintura. - Vai, eu te ensino.

- Não preciso saber andar de bicicleta. - Respondo cruzando os braços.

OBSESSIVE - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora