16 - hotel.

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Durante o caminho, sempre que eu olhava o Matteo, ele estava me olhando mas disfarçava logo que eu virava. Isso me fazia rir. Ele me fazia bem. Ele pegou em minhas mãos e sorriu de canto. Eu vi pela sua covinha.

Após chegarmos ao hotel, que era bem desorganizado pra variar, fomos ao nosso quarto. O irmão de Matteo divide o quarto com ele, que é do lado do meu. Mas ele falou que queria passear por NY e trancaria o quarto deles. E como eu não queria ficar sozinha, convidei Matteo para ficar no meu quarto comigo.

- Então, finalmente a sós. Quero falar com você sobre algo. - Matteo senta na quina da cama.

- Olha Matteo, eu tô confusa...

- Sobre a Max.

- O que?

- O que? Confusa sobre o que?

- Ah, fala você primeiro. - Forço um sorriso.

- Ok. Como deseja encontrar a Max? Já vim a NY algumas vezes mas parece que a cidade aumentou. - Ele riu.

- Não faço ideia. - Abaixo a cabeça. - Eu fiz isso sem pensar, Matteo. O que eu vou fazer?

- Calma. - Ele pega minhas mãos e eu encosto a minha cabeça em seu ombro sentindo uma lágrima escorrendo em minha bochecha. Um silêncio tomou conta do quarto. Eu comecei a tremer as minhas pernas e ficar com falta de ar, eu já sabia o que estava a prester a acontecer. E Matteo parecia saber, então quebrou o silêncio. - A gente vai encontrar Max! Eu confio em você. Na gente. Eu estou aqui, respira fundo. - Faço o que ele pediu. - Já assistiu Stranger Things? Quer assistir? Eu peço comida.

- Já.

- E que tal A Love So Beautiful? É um dorama bem fofo. E sinceramente um pouco infantil. Não me julga. - Ele sorri me fazendo rir.

- Vamos. - Eu seco as lágrimas mas sou interrompida por Matteo.

- Toma. - Ele me da um lenço e eu seco as mesmas.

Eu e Matteo assistimos uns dez episódios do dorama. E ficamos em silêncio em todas, exceto as vezes que a gente dava risada da Shin Sol-i que era bobinha demais pelo Chan Heon. O que era extremamente fofo. Eu acabei pegando no sono e quando acordei, a TV estava desligada e Matteo não estava mais ao meu lado. Eu me levanto e coloco a mão na cabeça sentindo uma dor na mesma. Ainda sonolenta, levanto da cama e dos cinco lençóis que Matteo deixou comigo.

- Matteo? - Falo esperando ouvir a voz dele mas não obtenho sucesso, apenas ouvi a campanhinha.

Din-don

- ATCHIM - Espirro. - Já vai! - Abro a porta e lá estava Matteo. Com uma cesta de doces e salgadinhos gostosos. Eu abro um sorriso largo no rosto e o abraço.

- Olha quem acordou. - Ele diz entrando no quarto.

- Nossa, eu apaguei. - Dou risada. - ATCHIM - Espirro novamente.

- Saúde.

- Obriga..ATCHIM

- Ei, você está bem? - Matteo pergunta se sentando na cama.

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