9 - o moletom.

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Após eu e Max chegarmos em casa, me despeço de Matteo e Gus. Eles me ajudaram muito e são amigos incríveis. Mas preciso dormir, amanhã eu tenho aula cedo.

Max e eu subimos as escadas da minha casa até chegar em meu quarto, que ao lado tinha outro com uma cama, uma TV, um armário e uma beliche. A Max sempre dormiu lá, então consideremos que é o quarto dela.

- Você vai ir pra escola amanhã? - Pergunto encarando Max e já sabendo qual vai ser a resposta. Max odeia a primeira semana de aula e depois do trauma que ela passou, não acho que ela iria a escola tão cedo.

- Sim. - Max diz em tom sincero, eu abro a boca chocada e confusa. - Amiga, qual é? Eu preciso mostrar que sou forte. - Ergue as sobrancelhas.

- Mas você é forte e não tem que provar a ninguém isso. - Digo a encarando. - Você tem certeza? - Pergunto curiosa e Max afirma com a cabeça. - Hum, está bem. Mas eu vou ficar com você o dia todo! - Arregalo os olhos. - Eu nem te contei sobre as fofocas.

- VERDADE! Me conta tudo. - Max arregala os olhos e sorri.

- Matteo sentou atrás da minha mesa, a gente conversou e ficamos rindo por um tempo e você tinha que ver a cara de Gus. O Matteo chegou na escola hoje e o Gus já não gosta dele. O desconforto que a Gus sente quando Matteo está perto é surreal. - Dou risada e Max fica chocada.

- Eu também ficaria desconfortável. Matteo é lindo demais, você e ele tem uma química incrível. Quem não ficaria com ciúmes? - Max ri. - Mas está nítido que o Gus sente algo por você, né?! - Ela termina e eu solto uma gargalhada.

- Você sonha alto, Max. Realmente, Matteo é lindo mas eu o conheci hoje. E sim, Gus sente algo por mim, nojo, só se for. - Tento pegar o fôlego após rir. - Você é doida.

- Doida por você. Assim como Gus é. - Max afirma e rimos juntas.

- AH! Lembrei de mais uma novidade. - Faço suspense e Max quase me mata curiosa. - A SARA VOLTOU! - Falo gritando e Max arregala os olhos gritando em sintonia.

- Eu preciso ver essa piranha! - Max diz e ri. - Vamos assistir algo? Não estou com sono.

Eu sabia que Max estava com sono, dava para ver isso apenas a encarando. Mas eu respeitei ela, coloquei "Homem aranha: Longe de Casa" para assistirmos.

- Vou pegar pipoca. - Falo e desço as escadas, mas escuto passos descendo a mesma após eu chegar na cozinha. Era a minha mãe. Assim que ela me vê se assusta e coloca a mão no peito.

- Ainda acordada? - Minha mãe diz abrindo a geladeira.

- Sim. Aconteceu muita confusão hoje. - Afirmo.

- Por isso mesmo, vai descansar. - Minha mãe diz e me olha após alguns minutos. - Como a Max está?

- Não sei. É como se ela estivesse muito mal mas tentando ser forte. Fingindo estar bem. Estou preocupada com ela. - Falo esperando a pipoca do microondas ficar pronta.

- É...ela falou com o pai? - Minha mãe pergunta.

- Sim. Eles se resolveram, isso com certeza melhorou o dia de Max. São melhores amigos novamente, ele finalmente a aceitou. Só falta a mãe dela. - Falo formando um sorriso no rosto.

- Que bom. Então ela já pode ir morar com ele. - Minha mãe me encara e eu rapidamente desfaço o sorriso confusa. O brilho sumiu, literalmente.

Minha mãe ama Max, é como se fosse a sua quarta filha. Sim, quarta. Eu tenho duas irmãs. Enfim, eu fiquei confusa porque a minha mãe sempre recebeu Max normalmente, nunca se importou por ela praticamente morar lá. Eu não queria que Max fosse embora, não agora.

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