Me proteja

Capítulo 1

Acordo com o som daquele maldito despertador entoando por todo quarto, era duro ter que ouvi-lo todo dia de manhã, no entento, era preciso. Eu me levantava da cama bem cedo antes de ir para a escola e me arrumava até ficar impecável, não que eu precisasse disso, pois eu já era linda naturalmente.

Vou para o banheiro e em seguida ligo o chuveiro, tiro minhas roupas e entro de baixo da água quente. Deixo ela escorrer por meu corpo e me livro de quaisquer pensamentos que venham em minha mente. Assim que termino, fico quase uma hora decidendo o que vestir, eu tinha um closet só para mim e estava lotado, mas entenda, eu sempre preciso de roupa nova. Já pensou como seria se alguém me visse com uma roupa repetida? Não quero nem pensar nisso.

Acabo escolhendo uma regata rosa com alças finas e um short jeans. Uniforme? Sim, eu acho que tinha que usar essa coisa ridícula que inventaram para que todos ficassem iguais. Mas vou te contar uma coisa meu bem, não sou qualquer uma, sou única. Se aquele diretor idiota filha da puta já me chamou atenção? Não, porque sou a garota mais rica daquele colégio e bem...minha mãe suborna ele todo mês para eu poder ir assim.

Minha mãe...a única pessoa que tinha em minha vida, meu pai morrera a muito tempo atrás, quando eu tinha apenas doze anos, deixando todo seu dinheiro pra ela. Eu até podia ter...essa personalidade, mas nem se atreva a falar mal dela, ou você vai me conhecer de verdade.

Vou até minha penteadeira e começo a me maquiar, eu gostava mesmo daquela maquiagem forte que causava um grande impacto quando eu chegava.

- Filha, já está na hora! - escuto minha mãe me chamar.

- Já estou indo. - respondo.

Pego minha mochila ao lado da cama e desço para o primeiro andar, indo diretamente para a cozinha, onde minha mãe sempre me esperava para o café da manhã.

- Está linda. - ela diz me elogiando.

- E quando não estou? - sorrio a abraçando.

- Vamos nos sentar.

Caminhamos até a mesa e esperamos que os empregados nos sirvam. Olho para eles já trazendo frutas, pães, sucos e os colocando em nossa frente. De repente uma das serventes que estava trazendo o suco em uma grande jarra vinha em minha direção, e aquela imbecíl acaba derubando todo o suco em mim.

- Sua idiota, viu o que fez? - digo me levantando da cadeira e apontando para minha camisa toda molhada.

- Me descupe, por favor eu...

- Cale a boca, quem você pensa que é para me reponder?

- Filha, acalme-se. Vá trocar de roupa, e você - olha para a empregada. - Para a rua, está demitida.

- Mas...

- Não me ouviu sua tonta?

A empregada sai correndo e chorendo dalí.

- Não dê dinheiro nehum a ela mamãe, a demita e a expulse daqui imediatamente.

- Vou fazer isso mesmo filha, fique tranquila, ela terá o que merece.

Minutos depois já tinha pegado outra roupa e tomado meu café da manhã às pressas, graças aquela idiota.

Me despeço de minha mãe e entro em meu carro conversível novinho em folha, que eu havia ganhado de aniversário. A toda velocidade, me dirigo para a escola e chego em poucos minutos.

Encontro Vanessa e meus outros amigos reunidos em um canto da sala de aula, vou até eles e os cumprimento.

- Sabem onde está o Paulo? - pergunto.