Capítulo 8

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Estava começando a parar, quando sem querer tropeço e acabo caindo. Naquele momento nem ligo para isso, eu estava gargalhando, estava feliz. Tiro os fones de ouvido e estico minha mão. Escuto suas risadas.

- Me ajuda?

Por mais estranho que seja, nada acontece.

- Gabriel?

Envez de me ajudar, coloca sua mão em meu rosto, ele não estava mais em pé, estava sobre mim. Suas pernas, uma de cada lado de minha bariga, posso senti-lo perto de mim. Na verdade eu podia até sentir seu...que droga, ele estava fazendo isso de propósito?

- Pare.

Seu rosto se aproxima do meu.

- Deixe-me beija-la, por favor. Quero fazer isto a muito tempo, mas você se afasta cada vez mais de mim.

- Não devemos fazer isso.

- Por favor...

Seus lábios finalmente encostam nos meus, queria tanto beija-lo.

Não Beatriz, não faça isso.

Viro a cabeça para o outro lado.

- Desculpe, não posso.

- Está tudo bem, vêm. Te ajudo a se levantar.

Ele pega minha mão e me puxa, me fazendo ficar de pé novamente. Assim que recupero o equilíbrio, ele me solta e diz:

- Com fome?

- Um pouco.

- Ótimo, porque trouxe comida. O que me diria de um piquenique? Gosta da ideia?

- Acho que sim.

- Que bom.

Gabriel coloca meu braço ao redor do seu.

Me guia novamente até seu carro, pega a comida e voltamos para a grama.

- Posso pegar minha bengala agora?

- Não. Neste passeio eu já disse que vai ter que confiar completamente e somente em mim.

- Eu sei mas...

- Pode ficar tranquila, não vou te jogar de um penhasco.

- Se fizer isso eu juro que volto e puxo seu pé quando estiver dormindo.

- Que bravinha. - diz rindo.

- Não tem graça.

- Não? E isso? Tem graça? - de repente começa a me fazer cócegas na barriga, me fazendo deitar no chão e rir sem parar.

- Para com isso Gabriel. - peço com dificuldade.

- Se me beijar eu paro.

- Então pode continuar.

Ele para e se deita ao meu lado.

- Não vai mesmo me dar uma chance?

- Não. Posso te fazer uma pergunta?

- Acho que sim.

- Você me tratar mal quando nos conhecemos tem algo a ver com sua falecida esposa?

- Porque acha isso?

- Não sei...você disse que eu lembro o seu passado, e com certeza sua esposa foi o que mais marcou sua vida.

- Está certa, acho que foi por isso.

- E porque eu te lembro dela? Minha fisionomia?

- Não.

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