Estava começando a parar, quando sem querer tropeço e acabo caindo. Naquele momento nem ligo para isso, eu estava gargalhando, estava feliz. Tiro os fones de ouvido e estico minha mão. Escuto suas risadas.
- Me ajuda?
Por mais estranho que seja, nada acontece.
- Gabriel?
Envez de me ajudar, coloca sua mão em meu rosto, ele não estava mais em pé, estava sobre mim. Suas pernas, uma de cada lado de minha bariga, posso senti-lo perto de mim. Na verdade eu podia até sentir seu...que droga, ele estava fazendo isso de propósito?
- Pare.
Seu rosto se aproxima do meu.
- Deixe-me beija-la, por favor. Quero fazer isto a muito tempo, mas você se afasta cada vez mais de mim.
- Não devemos fazer isso.
- Por favor...
Seus lábios finalmente encostam nos meus, queria tanto beija-lo.
Não Beatriz, não faça isso.
Viro a cabeça para o outro lado.
- Desculpe, não posso.
- Está tudo bem, vêm. Te ajudo a se levantar.
Ele pega minha mão e me puxa, me fazendo ficar de pé novamente. Assim que recupero o equilíbrio, ele me solta e diz:
- Com fome?
- Um pouco.
- Ótimo, porque trouxe comida. O que me diria de um piquenique? Gosta da ideia?
- Acho que sim.
- Que bom.
Gabriel coloca meu braço ao redor do seu.
Me guia novamente até seu carro, pega a comida e voltamos para a grama.
- Posso pegar minha bengala agora?
- Não. Neste passeio eu já disse que vai ter que confiar completamente e somente em mim.
- Eu sei mas...
- Pode ficar tranquila, não vou te jogar de um penhasco.
- Se fizer isso eu juro que volto e puxo seu pé quando estiver dormindo.
- Que bravinha. - diz rindo.
- Não tem graça.
- Não? E isso? Tem graça? - de repente começa a me fazer cócegas na barriga, me fazendo deitar no chão e rir sem parar.
- Para com isso Gabriel. - peço com dificuldade.
- Se me beijar eu paro.
- Então pode continuar.
Ele para e se deita ao meu lado.
- Não vai mesmo me dar uma chance?
- Não. Posso te fazer uma pergunta?
- Acho que sim.
- Você me tratar mal quando nos conhecemos tem algo a ver com sua falecida esposa?
- Porque acha isso?
- Não sei...você disse que eu lembro o seu passado, e com certeza sua esposa foi o que mais marcou sua vida.
- Está certa, acho que foi por isso.
- E porque eu te lembro dela? Minha fisionomia?
- Não.
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Me proteja
RomantizmBeatriz era uma menina mimada, metida, seu namorado era o mais popular do colégio. Quer dizer, até o dia do acidente, isto mudou sua vida para sempre. Ela ficou cega. Os amigos que ela achava que iam ficar para sempre ao seu lado, a abandonaram. Seu...