Entro sozinha no jardim e continuo a minha marcha lentamente pelo caminho de pétalas de rosas esverdeadas. Consigo sentir o olhar de toda a gente aqui presente sobre mim, mas não consigo levantar a minha cabeça, sinto-me demasiado envergonhada para isso. Não consegui encontrar o meu irmão em lado nenhum ainda esperei por ele, mas nada, então fui obrigada a entrar sozinha aqui.
Agora que cheguei onde o altar está vejo que Polly está á minha beira o que significa que a minha mãe quis vir ao meu casamento e que mais uma vez a desiludi. Polly sorri para mim e dá-me um beijo carinhoso na testa e depois senta-se perto da minha irmã e o meu pai. Olhando bem para o meu pai noto pequenas lagrimas nos seus olhos. Não sei ao certo se são de culpa, se está a mentir ou se realmente se sente emocionado. Do lado dele Katia encontra-se totalmente deslumbrada e não para de sorrir e deitar lagrimas de pura felicidade.
O padre começa a falar então eu e o John ajoelhamo-nos na frente dele. Tento ao máximo não olhar para ele mas não consigo para de sentir os olhos dele colados a mim. Finalmente olho para ele e noto um pequeno sorriso, sorrio de volta. Afinal talvez ele não seja assim tão mau.
Enquanto o padre continua a falar eu e John estamos com os nossos ombros colados que parece que fomos pregados um ao outro. Quero dizer durante esta semana inteira o John tem vindo-me visitar todos os dias á tarde e é sempre que eu faço os meus doces. Temos criado uma boa amizade eu acho, mas mesmo assim ele ainda não aceitava casar-se comigo e eu não levo a mal pois eu também ainda não aceitei. Mas agora aqui á frente deste padre... á frente desta gente toda que eu mal conheço... Nós teremos que aceitar e por esta máscara de felicidade ao que ele está a representar super bem.
-Até que esse saco de batatas branco te fica bem! - o sussurro de John faz-me arrepiar toda.
Olho para ele indignada. - Obrigada tu também não estás nada mal pequeno pastukh!- digo com um sorriso vencedor pois ele não gosta nada que eu o insulte na minha língua materna.
-Casar não é um nome, é um verbo. - Comecei a ouvir o que o padre dizia. - Não é algo que se tem. É algo que vocês fazem. É a forma como vocês amam o vosso parceiro a cada dia. - O sacerdote fez uma pausa antes de olhar para John. - No amor, fiquem juntos, mas não tão juntos, pois os pilares do templo ficam bastantes afastados e o carvalho e a cerejeira não crescem um na sombra do outro.
Eu e John olhamos um para o outro e percebemos que a nossa hora tinha chegado.
-É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
-É, sim.-eu e john falamos em conjunto.
-Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?
-Sim, estamos.
-Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los?-Sim.
Unimos as nossas mãos.
-Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus.
-Eu John, recebo-te por minha esposa a ti Rayssa Orlov, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. - John diz ao por a aliança no meu dedo anelar.
Na minha vez eu fico hesitante a olhar para a sua mão enquanto o mesmo sorri para mim. - Eu... Eu Rayssa, recebo-te por meu esposo a ti John Shelby, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
Quando penso que a cerimónia acabou John amarra na minha mão e o sacerdote passa uma faca para ele.
Pronto é agora! Ainda nem me casei e ele já me vai assassinar.
-Não fiques nervosa é só uma tradição nossa cigana onde fazemos um pequeno corte na mão para estarmos ligados por sangue. - O meu noivo diz enquanto passa levemente a faca pela palma da minha mão.
A ardência sobe pela minha mão acompanhada de um pouco de dor.
John olha para mim e dá-me a faca para eu fazer o mesmo com ele na sua mão direita. Faço um corte na sua mão do mesmo tamanho que o meu.
Depois disso unimos as nossas mãos e o padre termina com a cerimónia.- em nome de deus eu declaro-vos casados. Podem-se beijar agora.
John mordeu o lábio enquanto olhava para mim indeciso. Entretanto eu simplesmente tinha ficado pasma a olhar para ele ao mesmo tempo que tentava controlar as minhas respirações que pareciam sugar o ar todo do mundo e ao mesmo tempo não.
-Será que te posso beijar? E para que saibas é só para eles.- ele sussurra no meu ouvido. Eu apenas acenei que sim.
-E que para que conste eu só estou a aceitar por eles também!
-Claro que sim!- John disse com um sorriso irónico e provocativo.
A sua mão esquerda puxou o meu rosto em direção ao dele. A cada centímetro mais perto era mais uma respirada a menos que o meu pulmão dava. Os seus lábios entraram em contacto com a minha boca e pude sentir um leve sabor de uísque e menta. Era um beijo carinhoso e até romântico, mas nada de perverso sobre ele. Se eu fosse um dos convidados e não soubesse que estava a ser obrigada a casar-me até caia na tentação de acreditar que o beijo era realmente verdadeiro... E que nós os dois estávamos puramente apaixonados.
Quando John estava prestes a tirar os seus lábios dos meus eu rapidamente o beijei outra vez. O que o fez dar um sorriso enorme para mim.
-E tu ainda dizias que era só para eles.
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Finalmemte o casamento entre eles aconteceu. Tentei meter um pouco de piada mas ao mesmo tempo romântico.
Espero que tenham gostado e que tenham gostado e que votem e comentem qualquer coisa que não gotem ou até que tenham gostado.Beijinhos 🥰😘☺
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O Casamento Feito // ♤Jonh Shelby♤
Romantik"Eu não me apaixonei por ti, porque eu estava sozinha e ninguém me queria. Não. Eu não me apaixonei por ti porque eu fui obrigada a casar-me contigo. Eu apaixonei-me por ti porque, depois de te conhecer melhor. Saber quem tu és, por de trás daquel...