11° Capítulo

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Todos os convidados já se foram apenas restando eu e o John sozinhos aqui nesta enorme casa. Acho que ela é demasiado garde para nós os dois, mas também não se compara á casa da minha... da minha mãe na Rússia.

-Finalmente consegui mandar o Arthur embora! - John diz ao entrar na sala e sorri para mim. - Ele já estava mais para lá do que para cá.

- Pois é e tu nem dançaste com ele. - Rio das palhaçadas do mais velho e John junta-se a mim.

Ficamos assim durante um tempo a olhar um para o outro até que o silencio se tornou constrangedor agora que estávamos sozinhos sem festa nenhuma e sem ninguém para falar connosco, a realidade batera de vez na minha cabeça. Eu estava casada e a liberdade que tinha antes amanha já não seria a mesma. E esta noite como será que a vou passar? Tenho medo, mas ao mesmo tempo sinto que não devo ter. Sinto uma certa segurança passada pelo John. Sinto que ele é uma tempestade de sentimentos assim como aqueles olhos azuis que ele tem. Uma tempestade que tanto pode destruir uma casa inteira como pode dar água para o crescimento de um campo inteiro de flores.

-Eu vou ficar...

-Onde será o meu...- falámos ao mesmo tempo. - Tu primeiro. - digo a John.

-O que eu ia dizer era que tu podes ficar no outro quarto até que te sintas confortável o suficiente ou...

-Muito obrigada John! - Não o deixei terminar a sua fala e sorri para o mesmo.

Levanto-me e vou em direção ás escadas, mas depois lembro-me que não sei onde fica o quarto então viro-me para o inglês e sorrio envergonhada. John levanta-se e sorri para mi lendo a minha mente.

-Aqui é o meu barra teu quarto! - eu sorrio para ele feliz por estar a respeitar o espaço pessoal.

Aproximo-me do meu marido e dou-lhe um beijo na sua bochecha e sorrio envergonhada. - Obrigada John! Por me respeitares!

-Só estou a utilizar a educação que a minha tia me deu!

-Ela é uma boa mulher, tiveste sorte de a ter por perto. - John sorri confuso e eu a penas me despeço e fecho a porta.

Troco de roupa e deito-me na cama a pensar no que o meu irmão me contou. Naquilo que ele me pediu para fazer. No que nos estamos a meter novamente. Mas agora deitada e perdida nos meus pensamentos sinto um cheiro aconchegador, o cheiro que me transmite segurança e que me faz sair das minhas preocupações fazendo assim com que eu feche os meus olhos e fique a imaginar os lindos olhos azuis do John, pois este é o seu cheiro, os mesmos olhos azuis que tenho imaginado desde pequena. Esses olhos azuis começam a consumir os meus sonhos fazendo com que eu caia no melhor sono de todas estas semanas. Não me preocupo se vou acordar ao meio da noite sem ter a Polly perto de mim para me aconchegar. Apenas durmo solenemente sem nenhuma preocupação sentindo-me completamente segura.


«Flashback»

-Temos que falar irmã!

-Então não temos! Porque raios não vieste á cerimónia. - Cuspo com bastante raiva magoada pela falta dele.

Ivan olha para mim com tristeza nos seus olhos esverdeados estava claro na sua cara que ele estava arrependido por não ter vindo. - Desculpa Ray! O Tommy precisou de mim e queria falar sobre uma coisa muito importante.

-Coisa muito importante? Que coisa seria mais importante do que a tua irmã Ivan Dimitri?

-Vamos irmã aqui não precisámos de falar noutro sítio, em particular por favor eu preciso mesmo da tua ajuda e aqui não posso.

-Ahh agora precisas da minha ajuda?
O meu irmão amarrou na minha mão e levou-me para uma sala de jantar onde lá encontrei o meu melhor amigo Benja.

-Ela já sabe? - o moreno pergunta e o meu irmão apenas acena que não.
-Diz lá Dimitri o que queres. - digo destacando o seu nome do meio da mesma forma que utilizo sempre que estou magoada ou zangada.

-Precisamos da tua ajuda irmã. Bem lembras-te de eu dizer-te que alguém andava a dar-nos moedas falsificadas para as apostas? - eu apenas aceno que sim e ele continua. - Bom eu e o Benjamin finalmente descobrimos quem é que andava a fazer isso então eu fui conversar com o Thomas acerca disso e por essa razão eu não te pude levar ao altar.

-E mais uma vez o trabalho é mais importante que a família. Mais precisamente de mim. - Digo com pura raiva. Quero dizer como é que ele é capaz de dizer-me isto na cara.

-Não digas isso Tamara, tu sabes o quanto és importante para mim.

-Mas olha que lata que tu tens.

- Uhh Fantasminha, Isso não é...

-OOhh por favor Benja se isso fosse verdade então ele não teria deixado que o meu pai me vendesse como aquela cabra que ele te deu. A minha liberdade Ivan foi a minha liberdade que tu deixaste que me tirassem e isso é tão injusto porque se fosse ao contrário eu faria de tudo para que tu não fosses obrigado a casar-te.

-E tu achas que eu não fiz isso por que raio achas que não vieste mais cedo passar ferias ou porque caraças é que não recebeste nenhuma correspondência do pai? Ahn? Porquê? Porque eu deitei as todas ao lixo por que elas iriam fazer com que perdesses aquilo que é mais importante para ti. Porque eu me importo contigo, mas tu não vês isso porque tu só vês as coisas más e os defeitos das outras pessoas e nunca as coisas boas e esse é o teu maior defeito Tâmara.

Olho para o meu irmão chocada por ele ter dito aquilo. Ele nunca me falou assim sobre os meus defeitos, ele nunca se queixou de mim ele nunca se queixou daquilo que eu dizia.

-Sai da minha casa agora Ivan!

- Ray eu não quis...- interrompo o e começo-o a empurrar e a bater no seu peito enquanto ele apenas recua.

-Sai da minha casa Ivan sai, sai e sai daqui! Por favor sai eu hoje não te quero aqui. Por favor Ivan.

O Ivan deixou-me caída no chão e fez o que lhe pedi saiu, mas sempre a olhar para trás com se estivesse a certificar que era isso que eu queria que ele fizesse.

-Lágrimas caem pelos meus olhos e sinto os braços calorosos do benja sinto o carinho que ele erradia e neles eu sinto segurança que normalmente sinto quando o meu irmão me abraçava. - Fantasma tu bem sabes que ele te prioriza em tudo. E ele realmente disse a verdade quando falou que tinha feito de tudo para impedir que tu viesses para Birmingham.

-Ele fez?

-Sim Fantasminha. Talvez devas voltar e perguntar no que ele precisa de ajuda por que pela primeira vez ele pede-te ajuda e normalmente não é isso que acontece. - Olho nos olhos morenos do Benja e percebo a realidade daquilo que eu fiz e a culpa abate-se sobre o meu corpo.

«Flashback OF»

Caminho até o casino dos Crow sei que não era suposto eu aqui estar, mas a minha vontade de me redimir pela maneira egoísta que agi para com o meu irmão, era maior do que os meus pensamentos de medo. Ando em direção ao escritório do meu irmão e entro lá dentro. Ivan olha para mim surpreso é eu apenas sorrio e sento-me na cadeira à frente da dele.

-Então irmão vamos lá falar do porquê de precisares da minha ajuda?

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Espero que tenham gostado deste capítulo peço desculpas por não o ter publicado mais cedo tive até agora em épocas de testes e de apresentações então não consegui arranjar tempo para terminar o capítulo.  Por favor votem e guardem a história. Não se esqueçam de comentar e dar a vossa opnião sobre o que está a acontecer.

O Casamento Feito // ♤Jonh Shelby♤Onde histórias criam vida. Descubra agora