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Morgana ficara completamente atônita com a novidade. Isso significava que... ela era tia? Mas afinal, quem era a criança?
Flutuando, afinal não podia voar, foi o mais rápido que conseguiu para os portões do reino, tentando buscar com sua visão aguçada algum resquício de dois pares de asas, mas não havia nada pairando no ar senão pássaros. Já deveriam ter pousado, talvez encontrado as crianças supostamente sequestradas.
Ao retornar para a sala onde fora deixada por sua irmã, ouviu as portas rangerem. O casal havia chegado, mas não estavam com nenhuma criança em seu colo, ambos com o semblante fechado e angustiado. Um arrepio percorreu o corpo da bruxa, como se pressentisse uma má notícia.
— Onde ela está? — perguntou.
Kayle levantou o olhar e seus olhos brilhavam como nunca. Não era dor, era raiva, ódio. Apesar de suas desavenças, a menina ainda era sua sobrinha e faria de tudo pela criança.
— Levaram todas — respondeu Gladius, que aparentava estar mais tranquilo que a loura ao seu lado.
As irmãs trocaram olhares, olhares estes que o único homem na sala não compreendia o que se passava. Mas o que estava acontecendo era que ambas haviam concedido permissão para adentrarem a mente uma da outra. Kayle mostrara o rosto de sua filha, o cheiro, tamanho e a sonoridade da voz da pequena.
Afastando a mesa com o poder da mente, Morgana flutuou até o centro da sala, o único som sendo o de fechar cortinas por cortesia de Kayle.
Um fio de cabelo louro foi depositado na palma da mão da bruxa das trevas e um caldeirão se materializou diante de seus olhos que, antes amarelos, estavam completamente negros.
"Encontre-a, por favor".
Morgana queria rir. Daria de tudo para ver sua irmã se ajoelhando perante ti e implorando por algo, mas não por ajuda. E sim por perdão. Mas por hora... isso bastava. Era seu sangue que estava no jogo e, diferente de Kayle, ela sabia muito bem valorizar a família. Então, sem mais delongas, deu início à uma magia que há muito não se utilizava, o feitiço Occursum, cujo só pode ser conjurado para encontrar algo que esteja ligado ao coração de quem procura, o que, para sorte delas, era fidedigno.
— Caros Deuses Antigos, esta serva lhes pede permissão para fazer uso de uma magia muito antiga e poderosa para encontrar esta criança cuja possui meu sangue e está em meu coração! — proclamou.
Algo estranho aconteceu perante os olhos de Kayle. O corpo de Morgana caiu inerte ao chão, como se alguém tivesse a arrancado deste mundo.
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Morgana acordara em um lugar muito esquisito e com uma extrema dor de cabeça devido ao baque que levou quando foi arrancada daquela dimensão, tomando forma na dimensão espiritual. Diante de si, haviam espíritos de todas as formas, pertencentes a mortos e outras entidades, boas e ruins. Tentou fechar os olhos para se concentrar e encontrar quem queria. Foi então que uma sombra em específico se tornou mais forte dentre as outras, sua intuição de bruxa apontando para aquela direção, fazendo com que seus pés caminhassem para lá imediatamente. Ela não tinha tempo. Não sabia o que o bando de revoltados poderiam fazer com sua sobrinha, e nem tivera tempo de conhecê-la, não arriscaria a perder, não perderia mais ninguém de sua família.
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Virtude: A Verdadeira Escolhida
FanfictionHá milênios, Mihira e Kilam, dois bruxos muito poderosos, tiveram gêmeas. Uma representava Kilam, o Bruxo que contemplava o sol, Kayle. Já a outra, puxara Mihira representando a escuridão e as trevas, Morgana. Lunares e Solares se uniram às escondid...