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Desbloqueei o celular e olhei a conversa mas não tinha nada além desse último envio do número desconhecido. Não tinha como não ser Almira por trás disso, tudo encaixava que fosse ela.

Deixei o celular de Marília de lado e voltei a tentar focar na social que estava acontecendo mas a minha mente não não parava de pensar porque minha a minha mãe insistia em não aceitar  a minha felicidade com Marília, que coisa mais baixa ela querer se meter em algo que não tem nada haver com ela. Passei muito tempo com medo desse tipo de reação da minha família, o que me privou de muitas coisas mas,  hoje,  eu decidir me permitir a viver esse amor, a me aceitar,

Já era umas 23h e a animação desse povo para cantar e beber era inimiga do fim. Maiara depois de muito tempo surgiu na sala com o Gustavo e pela cara dela a conversa tinha sido boa.

Desde que eu vi as mensagens fiquei um pouco desanimada o que isso é raro de acontecer comigo já que eu não deixo nada me abalar mas quando se trata de algo sobre o meu relacionamento e minha família eu baixo a guarda na hora.

Não quis questionar minha mulher nesse momento para não acabar com o clima da noite, peguei um chopp e fui para área externa respirar e pensar em algo que não fosse a minha mãe, impossível eu sei!

Estava com as mãos apoiadas no corrimão de madeira que da área externa vendo aquela imensidão de mato que o interior de São Paulo tinha e sentindo um vento frio em meu rosto, era um momento tão solitário que me permitir até que uma lágrima descesse em meu rosto. Sentir um abraço calmo e terno de alguém atrás de mim, aquele corpo pequeno, quentinho e com um perfume gostoso de flores já denunciava quem era.

- você pode até tentar se esconder mas sabe que tudo o que você sente eu também sinto. - disse calmamente apoiando sua cabeça em meu ombro e me abraçando forte

- não é á toa que você é a minha metade! - respondi me aconchegando em seus braços e apoiando minha cabeça na sua.

Maiara sabia quando eu não estava bem e vice-versa, ficamos ali nesse espaço seguro por um tempinho até que fomos nos sentar no sofá que tinha ali do lado.

Maiara: o que foi que você está assim com essa carinha triste irmã?

Maraisa: nossa mãe ainda está tentando interferir na minha vida, vi mensagens desagradáveis no celular de marilia e acredito que isso vem acontecendo a um tempo e sei que ela não iria me contar nada por receio de causar uma briga com Almira

Maiara: o pai me contou que ela não mudou de ideia sobre vocês duas, eu não quis te falar para não te preocupar...  irmã, esquece a nossa mãe, não pare de viver a sua vida por conta do que ela acha.

Apenas viva o seu hoje, tá bom?!

Ela pegou minha mão com carinho e deu um beijo me olhando com cumplicidade. Gustavo veio a nossa procura oferecendo mais cerveja

Maraisa: então, me contem... vocês dois, já estão oficialmente juntos?

Gustavo: sim cunhadinha, finalmente sua irmã me aceitou! - disse em tom de brincadeira

Maraisa: meu Maioto vive sim - sorrir alto - que vocês sejam muito felizes e transem muito também, irmã se quiser umas dicas já sabe

Maiara: maraisaaaaa não começa! tá doida?!!

Minha irmã fica corada de vergonha mas não poderia perder essa piada já que ela me encheu tanto o saco com isso outras vezes

Gustavo: e que tipo de dicas seriam essas minha cunhada, fiquei curioso? - perguntou olhando fixamente para Maiara e rindo das suas reações sobre a pergunta

Ponta solta - (malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora