Vinte e cinco.

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Bom dia, meu amor — Beijei o topo de sua cabeça.

— Bom dia — Ela sorriu, se virando para mim e me puxando para cima dela, me abraçando.

— Dormiu bem?

— Dormi muito bem e acordei melhor ainda — Ela sorriu e eu lhe dei um selinho.

— O que iremos fazer hoje? — Perguntei.

— Não sei. Não podemos sair como um casal em público, a maioria das pessoas aqui conhecem meu pai.

— Que droga — Fez bico.

— Eu sei, meu amor. Mas podemos ir ao cinema.

— Assistir meu malvado favorito 3? — Seus olhos brilharam.

— O que você quiser — Sorri.

— Meu malvado favorito 3! — Ela bateu palmas, sorrindo. Eu ri, ela tinha quantos anos mesmo?

Brunna era uma mulher extremamente sexy e linda, mas esse seu lado menininha me encantava muito. Era adorável.

Nos levantamos e fomos tomar um banho. Foi a primeira vez que de fato tomamos apenas um banho. O que era engraçado, pois hoje que era sábado e nós deveríamos realmente aproveitar. Mas, a semana toda foi baseada em sexo, ou seja, estávamos exaustas.

Quando saímos do banheiro, o celular de Brunna tocou, ela me encarou e foi até ele, pegou e enquanto atendia, me olhou. Enquanto eu me vestia.

— Oi, Rê — Ela disse. Brunna mordeu seus lábios enquanto me encarava — Sim. Eu também. Volta daqui a quatro dias? Tudo bem, Rê. Tá bom. Eu também. Beijos. Tchau.

— O que foi?

— Seu pai volta daqui a quatro dias.

— Oh, sim.

— Temos poucos dias para nos prepararmos para a conversa mais tensa de nossas vidas — Ela disse e suspirou.

— Vai dar tudo certo — Eu tentei nos convencer disso, mas por dentro estava com tanto medo.

Brunna se vestiu e nós duas ficamos em silêncio. Ela deveria estar com tanto medo quanto eu.

— Vou preparar nosso café da manhã — Ela deu um beijo em minha bochecha e desceu até o andar de baixo. Sentei-me na cama e respirei fundo.

Será que ele iria me odiar? Eu amava tanto meu pai, apesar de saber que eu estava errada por ter traído a pessoa que mais me ama no mundo. Não podia perde-lo.

Levantei-me e desci quando ouvi o interfone tocando.

— Júlia? — Perguntei, confusa.

— Eu sei que não foi a data combinada e seu pai não voltou, mas eu fugi de casa. Eu não podia ficar lá e conhecer a família do meu novo noivo, é loucura.

— Tudo bem, Ju. Você é sempre bem-vinda aqui. Dayane sabe?

— Não. Ela me chamaria de maluca.

— Entendi.

— Obrigada, Lud — Ela me abraçou forte — E vocês duas, tratem de me explicar o que está acontecendo aqui? — Cruzou os braços.

— Estamos juntas — Brunna disse.

— Desde quando?

— Bem, assumido mesmo desde o dia que o pai dela foi viajar.

— Então quando eu vim aqui vocês já estavam juntas?

— Não exatamente — eu disse — Naquela época estávamos em fase de negação. Não queríamos aceitar que estávamos atraídas uma pela outra.

— E o seu pai, como fica nessa história?

Minha querida madrasta. Onde histórias criam vida. Descubra agora