Trinta e cinco.

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1 ano e meio depois...

— Eu gostaria da atenção de vocês, por favor! -— Meu pai pegou a taça que estava em sua frente e uma colherzinha e deu duas batidinhas na taça.

Todos voltaram o olhar para ele que estava tão sorridente e com os olhos brilhando.

— Eu gostaria de contar a vocês que eu e Olívia vamos nos casar. Pedi ela em casamento ontem à noite.

— Ai meu Deus! Parabéns! — Eu disse e me levantei para abraçá-lo.

Meu pai estava namorando Olívia a um ano e dois meses, mas havia me dito há um mês da sua decisão de pedi-la em casamento, ele estava realmente apaixonado, muito mais do que quando estava com Brunna.

Olívia era uma pessoa maravilhosa, me lembrava minha mãe no seu jeito de ser, o que fez com que nós nos aproximássemos muito. Eu a considerava uma amigona!

— Agora sim, tio Rê! — Dayane se levantou e veio abraçar meu pai, fazendo que o abraço se tornasse triplo.

Dayane estava em um namoro seríssimo com Júlia, que finalmente havia se acertado com seus pais, quer dizer, eles se desvencilharam, ela pegou sua parte da empresa e agora vai viver sua vida do seu jeito. Eles não aceitaram muito bem, mas resolveram dar o que ela queria. Entretanto, não teria mais contato com eles — uma pena que pensassem assim.

Falando em pais, Brunna e Mirian finalmente haviam se acertado, agora eu era a queridinha dela — o que fazia Bru morrer de ciúmes. Eu e Jorge também nos dávamos muito bem, principalmente quando tinha jogos e eu assistia com ele.

Para Brunna e Mirian se acertar, bastou uma simples conversa onde Brunna explicasse tudo o que aconteceu entre nós e o mais importante, sem estarem de cabeça quente, então tudo se acertou.

— Estou muito feliz por vocês! — Brunna disse.

— Eu também, tio Rê — Júlia disse.

Em seguida, o resto dos convidados o parabenizaram. O resto do jantar continuou em clima muito agradável, eu podia ver a felicidade estampada no rosto do meu pai e seus olhos brilhando. Aquilo me deixava tão feliz.

Depois, quando todos foram embora, Olívia subiu para tomar um banho e Brunna estava conversando no telefone com sua mãe. Meu pai estava na beira da piscina com a cabeça baixa, fui até onde ele estava e me sentei ao seu lado.

— Por que está tão pensativo? Não deveria estar feliz, papa?

— Você vai ganhar um irmãozinho ou irmãzinha, Lud! — Meu pai disse rindo e após eu me recuperar da tosse, corri para abraçá-los.

— Você está feliz, Lud? — Olívia perguntou.

— Claro que sim, Olívia! Eu estou muito feliz! — Sorri.

— Mas você vai ser sempre minha bebê — Meu pai disse, me fazendo rir.

— Eu acho bom, Renato Oliveira! — Fiz bico e em seguida rimos. Logo mais algumas pessoas se aproximaram para parabenizar e quando todos terminaram eu aproveitei para dar o meu anúncio também, Olívia me entregou o microfone sorrindo.

— Eu também quero falar, mas vocês devem estar se perguntando agora: Essa menina falou igual tagarela e quer falar de novo? — Todos riram e eu puxei Brunna pela cintura, que me olhou confusa — É que agora eu vou falar do meu amor. Essa pessoa que chegou na minha vida da maneira mais improvável possível, como imagino que vocês já saibam. — Ouvi ela sussurrar um "Ai meu Deus" — Mas, eu me apaixonei, me apaixonei perdidamente por essa garota. Ela me enlouqueceu, me tirou do sério, bagunçou tudo, mas depois me fez ver que tudo valeu a pena. Isso que eu vou falar é um clichezão, mas eu não consigo mais viver sem ela, e é por isso que eu queria saber srta. Brunna Gonçalves , se você aceita se casar comigo? — Me virei para ela e após tirar a caixinha do bolso me ajoelhei.

— Sim, amor! É claro que sim! — Ela começou a chorar. Coloquei o anel em seu dedo e me levantei para abraçá-la forte e beija-lá.

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo — Eu disse.

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo — Ela disse sorrindo e todos aplaudiram. Clichê, mas é o meu clichê.

Minha querida madrasta. Onde histórias criam vida. Descubra agora