LUDMILLA OLIVEIRA.
Acordei sentindo minha cabeça doer. Eu estava exausta pelo pouco que havia dormido naquela noite. E o pouco que eu havia dormido, Brunna conseguia me atormentar. Era difícil a noite que eu não sonhava com ela, e aquilo me irritava.
Eu pude pensar muito bem durante a longa noite que eu passei, olhando para o teto e as paredes. Depois de muito pensar, repensar e analisar, cheguei a conclusão que eu colocaria um ponto final em seja lá o que tenha acontecido entre eu e Brunna. Eu não queria magoar meu pai, eu não queria continuar com isso. Eu não tinha nenhum sentimento por ela além de atração sexual.
Taylor ainda dormia ao meu lado. Fitei o relógio que marcava sete da manhã. Que ótimo.
Levantei e desci até a cozinha, quem sabe se eu comesse algo a dor de cabeça melhora e eu conseguiria voltar a dormir. Peguei pão, queijo e presunto e fiz um misto quente, em seguida peguei um pouco de suco de laranja e me sentei. Eu estava realmente com fome.
Mordi um pedaço do meu lanche e encarei a janela da cozinha, tentando entender tudo o que havia acontecido e tendo cada vez mais certeza que tudo ficaria no passado.Assustei-me quando ouvi a voz de Brunna na cozinha.
— Está acordada a esse horário?
Suas olheiras denunciavam que eu não era a única pessoa que não teve uma boa noite.
— Estava com fome, decidi comer antes de tentar voltar a dormir mais um pouco.
— Entendi — Ela suspirou. Pegando um pão, começando a preparar seu lanche também — Acho que precisamos conversar, Ludmilla.
— Também acho, Brunna. Definitivamente, foi tudo um erro, não deveríamos ter transado. Aliás, não deveríamos nem ter começado isso! Meu pai é uma pessoa maravilhosa e nós sabemos o quanto ele te ama, eu sei que você também gosta dele porque você sempre disse isso. Não quero sobrar nessa relação. Eu não quero continuar com isso, nós não podemos. É ridículo da nossa parte, porque tudo não passa de uma atração física. Se pelo menos tivesse algum sentimento, mas não, é apenas sexo. Então, por favor, vamos parar por aqui. Você é a noiva do meu pai. Minha madrasta. Somente isso. — Suspirei, após despejar tudo em cima dela.
Brunna me olhava sem reação, quase não piscava e durante todo o meu discurso, ela abria e fechava a boca diversas vezes, mas nada saía. Após alguns minutos me encarando, ela suspirou.
— Você tem razão, Ludmilla. Não tem sentimentos. Todo esse erro acaba por aqui. — Assenti e quando terminei de comer meu misto e beber meu suco, saí dali.
Eu precisava voltar a dormir.
Mais tarde, a família Gonçalves foi embora. Jorge e Bruno tinham uma reunião de urgência. Taylor antes de ir embora me disse algo que até agora eu não havia entendido "Cudado com suas escolhas". Eu sabia muito bem das minhas escolhas agora, eu estava tranquila quanto a isso. Agora, eu só precisava sair e conhecer alguém.
Peguei meu celular e decidi ligar para Dayane, que agora também estava sozinha, já que Júlia havia ido embora também. Eu não sei ao certo o que elas decidiram sobre a relação delas, se era apenas sexo ou se elas continuariam se falando para ver no que dá, mas não era muito a cara da Dayane a segunda opção, só que também não era impossível.
— O que você quer, Oliveira?
Que ótimo! Ela estava de mau humor.
— Meu amorzinho mais lindo! Vamos sair hoje, pegar umas gatinhas, hein? O que você acha?
— Ah, sei não. Para ser bem sincera eu não estou muito a fim, Lud.
— E por que não? — Perguntei confusa. Dayane nunca recusaria um convite desses. O que estava acontecendo a minha melhor amiga?
— Não sei, Lud. Só não estou com vontade de sair e... — Eu a interrompi.
— Ai. Meu. Deus! — Gritei, ouvindo um xingamento do outro lado da linha — Você está realmente a fim da Júlia!
— Que... O que? Não! Óbvio que não, Ludmilla. Pelo amor de Deus eu só não estou com vontade de ir. — Ela gaguejava.
— Você é tão péssima com mentiras quanto eu, Dayane.
— Cala a boca.
— Então não vai mesmo rolar? — Perguntei, desanimada.
— Sinto muito, meu amor. Mas eu tive que aguentar vários nãos quando você era super apaixonadinha pela Hailee.
— Tudo bem, Dayane, já entendi. — Revirei os olhos — Boa noite, te amo. — Eu disse e não esperei ela responder.
Joguei o celular em cima da cama e sai do meu quarto. Desci até a cozinha e peguei um pedaço de pudim e refrigerante.
Comi dois pedaços e decidi que iria dormir, já que pelo jeito ninguém cooperava com a minha tão desejada night.
Subi as escadas cantarolando, apesar de não ser tão tarde, Brunna e meu pai já haviam ido dormir. Pelo menos era o que eu achava, até ouvir gemidos. Ah, que ótimo.
Seus gemidos se tornavam cada vez mais altos, mas ironicamente não pareciam tão intensos e verdadeiros como quando Lauren estava comigo. Será que ela rebolava nos dedos do Renato, como fazia nos meus? Quanto mais eu ouvia seus gemidos, mais incomodada eu ficava e eu não havia entendido ainda o porquê e, sinceramente nem queria.Outra coisa que eu não entendia era: se eu estava tão incomodada com os gemidos, por que eu não ia para o meu quarto e dormia, porque com certeza de lá não daria para escutar.
Quando eu ouvi meu pai a chamando de gostosa meu sangue ferveu e eu entrei no quarto sem me importar se eles estariam pelados, fazendo 69, ou seja lá a porra que fosse.
— Com licença atrapalhar a festa de vocês — Meu pai estava chupando Brunna e eu agradeci por ser apenas isso, porque eu não queria vê-lo pelado, mas ela estava totalmente nua e gostosa, só não mais porque não era eu a chupando — só que não dá né? Pode até não ter criança em casa, mas ainda tem eu. Eu entendo que deve estar bom aí, mas não precisa gemer para a vizinhança inteira ouvir, beleza? — Eu disse irritada.
Os dois me olhavam completamente vermelhos e constrangidos, mas eu estava pouco me fodendo para aquilo.
— Era só isso mesmo que eu tinha para dizer, obrigada pela atenção — Sorri irônica e sai do quarto, batendo a porta com a maior força que eu tive.
Entrei em meu quarto com o sangue fervendo e eu não sabia exatamente o porquê (N.A: Não seja idiota, Ludmilla), eu só sei que queria arrancar Brunna pelos cabelos daquele quarto.
Ai que merda, Ludmilla. Não aja como se você gostasse dela.
— Que merda — Murmurei.
Me deitei na cama e encarei o teto. Eu sabia que a última coisa que eu conseguiria fazer nessa noite era ter uma boa noite de sono.
E eu estava certa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha querida madrasta.
FanficEu sempre apoiei meu pai para que ele encontrasse alguém que pudesse fazê-lo se sentir feliz novamente, como era com minha mãe. O que não esperava era que minha querida madrasta fosse gostosa, linda e tão irresistível. Ludmilla (G!P) Adaptação Brum...