Capítulo 12

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Algumas Semanas Depois

Suspirei mais uma vez respirando profundamente e vejo vovô voltar ao quarto e voltei a vomitar mais uma vez sentindo o incômodo na minha garganta ao colocar tudo para fora.

— Liguei para seu pai querida — vovô diz na porta do quarto.

— Por quê? — perguntei sem entender me sentando no chão do banheiro de frente a privada.

— Está vomitando tudo que tem e não tem dentro de você menina, não pode continuar assim. Se tinha algo te fazendo mal já era para ter colocado para fora nos últimos meses, isso não é normal — disse já se alterando e fechei meus olhos respirando profundamente acalmando meu estômago.

— Vovó me deu um chá, vai passar.

— Não passou e você não vai tomar mais nada até saber qual o problema.

Me levantei com ele me pegando por baixo dos braços e carregando até a sala. Balançava tanto que senti meu estômago fazer a volta ao mundo ao redor das suas próprias paredes.

— Já chega, vou levá-la daqui — vovô disse me colocando deitada sobre o sofá e fechei meus olhos apenas ouvindo o que diziam ao meu redor.

— Para onde?

— Ao médico oras. Ligo para Claire e não atende. Charles diz que logo passa porque não ta vendo o estado da menina. Não vou deixar mais ele decidir.

— Vamos então. Se correr conseguimos pegar o próximo ônibus.

— Tranque tudo, vou levá-la na frente.

— Eu...eu posso andar — disse ao sentir vovô me levantar mais uma vez e logo me colocar no chão e fomos andando até a estrada mais próxima a procura do ponto de ônibus.

Tentei dormir durante a viagem, já que quando o ônibus começou a andar quase voltei a vomitar tudo que não tinha mais. Quando finalmente consegui pregar os olhos ouvi vovó me chamar pois já havíamos chegado e pediu um táxi me sentando na rodoviária para esperá-lo. Subi a rampa da emergência quase morrendo com vovô me amparando e me sentei para esperar minha ficha por mais tempo ainda e acabei vomitando na porta do hospital sem conseguir enxergar um banheiro na reta.

— Melody.

— Venha querida — vovó me levantou me levando para dentro da sala da triagem e descreveu meus sintomas enquanto tentava respirar lentamente para passar tudo que sentia, tudo girava ao meu redor. Fui encaminhada como caso urgente e fui atendida a frente de outros pacientes pelo tempo que estava passando mal sem pausa, logo tendo o médico me examinando a minha frente com um milhão de perguntas e nenhum resultado de como me fazer ficar em pé sem tombar ou como abrir os olhos e respirar normalmente sem colocar as tripas para fora.

— Vou esperar a próxima ambulância chegar e vou transferi-la para o hospital para um especialista imediatamente — o médico disse entregando o encaminhamento e o olhei absorta.

My Sweet MelodyOnde histórias criam vida. Descubra agora