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A vida e a morte têm várias similaridades.

A vida e a morte são oferecidas como presentes que não foram pedidos.
Viver.
Morrer.
Existir.
Tudo isso é similar.
Você vive, logo existe, você existe, logo morrerá.
Você não escolheu nascer.
Meu irmão não escolheu morrer.

Eu ofereci a morte como o tal presente que ele nunca pediu.

Meu irmão amava viver, mesmo que não tenha tido a oportunidade de escolher nascer ou não.
Meu irmão era gentil, alegre e amava todos os pequenos detalhes dos acontecimentos em sua existência.
Felix era bom.
Felix infelizmente era bom.

Eu amava meu irmão e sua morte doía como se vida e morte tivessem unido suas similaridades para criar um novo estado de espírito.
Era assim que eu me sentia.
Fisicamente vivo.
Mentalmente morto.
Depois que ele se foi, não restou mais nada além de culpa.

Eu não me importei quando ouvi a discussão que me envolvia.
Não interferi.
Gritos, ameaças, tiros.
Eu não me movi até a realidade me atingir.

Meu ex padastro não fez nada além de puxar o gatilho.

Eu matei Felix, o meu irmão mais novo que me amava mais do que amava viver.

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𝐎 𝐂𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐀 𝐅𝐄𝐍𝐈𝐗 Onde histórias criam vida. Descubra agora