27.

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Jisung me deixou chorar e isso foi reconfortante.
Por mais que eu quisesse voltar a tentar convencê-lo de que viver era a melhor escolha, não iria conseguir fazer isso com tanta dor acumulada.
Ele só me abraçou quando meus soluços diminuíram, murmurando algumas frases reconfortantes enquanto passava a mão gentilmente em minhas costas.

Que a culpa não foi minha.

Que estava tudo bem chorar.

Que meu irmão estava feliz por mim.

Han Jisung era como Felix em alguns aspectos.

Sinto que ele também me prometeria uma miniatura de lamborghini roxa e depois esqueceria a promessa.

ㅡ Eu também me sinto culpado. ㅡ Ele disse ainda me segurando. ㅡ Fui o único sobrevivente em um acidente de carro que matou meus amigos. Não sei como vou olhar para os pais deles e...

Me afastei para olhá-lo nos olhos.

ㅡ Acidente. ㅡ Limpei o rosto. ㅡ Foi um acidente. Você não tem culpa de nada. Acidentes acontecem. Poderia ser qualquer um deles no seu lugar.

ㅡ Eu não quero ter que passar por isso. Eu... Eu não quero estar lá sem eles, você entende?

ㅡ Não. Jisung, acorda. ㅡ O segurei pelos ombros, algo em mim sentia que ele já havia decidido aquilo e quando Han Jisung decidia algo, ele era teimoso demais para ceder. ㅡ Acorda, por favor. 

ㅡ Por que você não entende?

ㅡ Eu vou estar lá. Eu prometo que vamos ser a mesma dupla que fomos aqui, você não vai estar sozinho.

Ele me encarou assim como eu fazia quando ele falava sem parar.
Sorriu.
Eu tentei segurar seu rosto com as mãos mas não pude.

Ele não me respondeu.
Han Jisung sumiu.

Assim como nosso lago, as flores e as cores bonitas do céu.

Assim como nosso lago, as flores e as cores bonitas do céu

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𝐎 𝐂𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐀 𝐅𝐄𝐍𝐈𝐗 Onde histórias criam vida. Descubra agora