30.

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Quando cheguei ao hospital o ar dos meus pulmões estava quase me abandonando.
Meu coração acelerou tanto que o sentia bater dentro de mim. Esmurrando meu peito como se tentasse me apressar.
Ignorei todos as certezas de que Hanji estaria sendo levado para um velório e fui até o quarto dele.
Ao abrir a porta, meu coração falhou uma batida.

A cama estava vazia.

Eu quis tanto dar uma surra em Han Jisung, que cara estranho.

Saindo do quarto, percebi que a vida era meio dramática.

ㅡ Eu sabia que você ia vir! Claro que eu fui tomar banho e colocar um pouquinho de base nessas olheiras, você acha mesmo que eu deixaria você me ver feioso depois de saber que eu te acho o rosto mais bonito do mundo? Eu não sou nenhu-

Puxei o corpo dele quase rindo pela quantidade de sílabas que ele conseguia pronunciar numa frase.
Abraçar Han Jisung de verdade era mil vezes melhor. Era caloroso.
Tão bom que chegava a ser estranho.
Tudo nele era estranho.
Tudo que ele me fazia sentir era estranho.

ㅡ Você poderia ser um bom rapper se quisesse. ㅡ Murmurei.

Ficamos em silêncio, alguém passou em uma cadeira de rodas, não o soltei mesmo assim.

ㅡ O galo voador acha que você gosta de mim. ㅡ Ele disse de repente. ㅡ Não foi por isso que eu acordei, não pense que eu me importo e que você-

ㅡ Eu gosto.

ㅡ Gosta? ㅡ Han me afastou num ímpeto e segurou meu rosto. ㅡ Gosta, tipo, goooooosta ou só gosta, tipo, ah, eu gosto...?

ㅡ Goooooosto.

Eu nunca pensei que aquele estranho estivesse falando de gostar no sentido romântico da coisa mas quando ele me beijou eu entendi o que “goooostar” significava.
Era exatamente a estranheza que ele me causava. Eu goooooostava de Han Jisung.

Obrigado, Yongbok, obrigado por salvar a minha vida.

Obrigado, Yongbok, obrigado por salvar a minha vida

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e você, obrigada por ler  <3

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