23. Drunk Confession

8.3K 660 1.4K
                                    

Uma mania curiosa que Karina carregava consigo há muitos anos, era o desespero por ocupação quando ela sentia que as coisas na sua vida não estavam indo bem. Em um momento onde a ruiva não estava na perfeita ordem indiferente da sua rotina como sempre havia sido até então, ela decidiu que iria se ocupar o máximo que poderia apenas para não pensar na pessoa responsável por construir uma moradia no seu coração: Minjeong.

Não demorou absolutamente nada desde que a loira saiu pela porta do seu apartamento pela última vez, para que Karina se desse conta que a sua mente vazia viraria um monumento inteiro dedicado para Kim Minjeong e apenas ela, isso era um perigo extremamente fatal. Digamos que a ruiva não sabia muito bem lidar com o fato de estar obcecada e sentindo falta de uma pessoa muito específica, já fazia muito tempo desde que ela sentiu coisas parecidas por alguém e era obviamente o seu ex-namorado, depois de Wonwoo a ruiva não se relacionou romanticamente com mais ninguém, era realmente bastante tempo variando seus casos sem compromisso.

Porém... Minjeong conseguiu quebrar todas as barreiras que Karina passou anos construindo só para que pudesse focar na própria carreira sem precisar estar presa à alguém e agora, além de presa, ela também não conseguia mais se soltar.

E bom, Karina se sentiu um pouco perturbada nos últimos dois dias.

- Ei, vamos comer alguma coisa? - Taeyong perguntou, o intervalo dos internos no hospital havia acabado de começar e o garoto decidiu convidar sua "sênior".

- Não estou com fome, pode ir sem mim. - Karina respondeu sem olhar para o colega, estava lendo alguns prontuários de pacientes que deram entrada.

- Karina, tô falando muito sério aqui gata. - Ele insistiu e colocou a mão em seu ombro, chamando sua atenção como queria. - Não te vi parar hoje nem pra tomar água... Na verdade, não te vi parar de fato tem uns dois dias já. Tá tudo bem?

Não, não está tudo bem porque a qualquer momento eu vou enlouquecer! ela pensou, guardando suas respostas específicas nos confins mais escuros do seu inconsciente.

A ruiva vivia em uma realidade distinta demais e nunca se tocou que, conforme seu círculo social aumentasse com pessoas que estariam ali frequentemente, como Taeyong por exemplo, algumas coisas não iriam mais passar despercebidas e o rapaz não deixou de reparar o quão estranha ela estava desde que Karina apareceu para trabalhar na segunda-feira.

- Sim, por quê não estaria? - Perguntou, voltando sua atenção aos prontuários.

- Porque tem dois dias que você não volta pra casa Karina. - Taeyong respondeu. - Literalmente, o seu plantão começou na segunda-feira e nunca mais acabou. Você tem tomado banho, descansado e se alimentado por aqui... Eu sei o quanto você ama incontrolavelmente esse trabalho, também amo, mas é mega estranho.

Karina encarou Taeyong novamente sabendo que não teria como fugir daquele olhar desconfiado e suspirou, era hora de encarar os fatos. O problema de tudo era Minjeong, óbvio, ela foi embora de seu apartamento há dois dias atrás, mas não se tocou que ficaria muito da sua presença ali e a ruiva sentiu isso no momento em que ela fechou a porta.

O cheiro de Minjeong estava em todos os lugares. Nas almofadas, na cama, nos travesseiros, nas suas toalhas, nas suas roupas... Em tudo. Se Karina ousasse deitar na sua própria cama pra dormir, iria se lembrar das duas juntas ali amarrotando os lençóis de tanto transar por horas ou quando elas apenas se agarravam uma na outra e dormiam. Era uma situação preocupante e nunca que a ruiva um dia poderia imaginar que, em algum momento da sua vida, iria se deparar com uma pessoa tão impossível de ignorar.

- Tá certo, você venceu. - Ela respondeu, logo colocando os prontuários de lado. - Vamos comer alguma coisa. Eu procuro uma mesa.

- Beleza, eu compro nossos lanches! O que vai querer? - Taeyong perguntou.

What Lovers Do | WinrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora