Fifteen

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Sexta feira, 29 de março de 1991, Seattle.

Chris

Faziam alguns dias que eu não via Layla e a saudade dentro de mim começava a apitar fortemente; Ela estava afundada em livros devido suas provas e eu tentava compor canções para o novo projeto.

Após chegar de um dia intenso de gravações do nosso próximo álbum, pensei em algo para fazer com Layla que só chegaria daqui 2 horas mais ou menos. Estávamos tentando algo após o nosso beijo e eu podia sentir dentro de mim que algo florescia por ela. Algo intenso, puro e que não tinha a menor relação com sexo por mais que a desejasse intensamente.

Levantei do sofá e comecei a procurar coisas que ela pudesse gostar, como vinho – Layla havia me dito em uma de nossas conversas que ela era apaixonada por vinhos de todos os tipos – E como uma tentativa falha, minha mente não sabia se deveria preparar algo para que acompanhasse o vinho ou não.

Corri ao telefone e disquei o número da única pessoa que poderia me ajudar.

- Alô? – Assim que a voz feminina atendeu, senti um alívio. – Quem é, porra?

Doce como um coice de mula, não?

- Eaí, Lilly. – Cumprimentei – Havia esquecido o doce de mulher que você era.

- Ah, oi Chris. Tudo bem?

- Uhum, preciso de sua ajuda. Quero chamar Layla para um...

Antes que eu terminasse de falar, ouvi gritos estridentes do outro lado da linha.

- Calma, porra – Disse – Eu quero leva-la a um encontro antes de dizer mesmo os meus sentimentos a ela.

- Você vai dizer que está apaixonado por ela?

- Vou, mas não hoje. – Disse, e senti uma onda de decepção da parte de Lilly - Quero que seja especial e que ela nunca se esqueça, mas voltando a hoje, eu tive uma ideia.

- To indo pra aí agora, e levo algumas coisas.

- Obrigado, baixinha.

Desliguei, e aguardei até que Lilly viesse. Assim que a mesma chegou, parecia impossível não rir de sua euforia.

- Bom, Chris, eu trouxe algumas coisas tipo dois cobertores, uma cesta para você
colocar as coisas que vocês irão beber e comer. Como é lá em cima?

- É lindo, tem luzinhas, bancos e um clima bem romântico, será que ela vai gostar?

Lilly assentiu, rindo.

Assim que a mesma foi embora, subi até lá e arrumei algumas coisas para que ficasse bonito para ela, já que como ela seria impossível pois nunca havia pisado na terra mulher mais bonita que ela.

Coloquei uma vitrola e alguns discos incluindo um do U2 que era sua banda preferida e coloquei os cobertores perto de onde deveria ficar o vinho.

Desci novamente e notei que ela havia chegado, então tratei de chama-la.

- Oi, Vedder. – E como de costume, ri com o susto que a mesma havia tomado.

- Já disse que você vai me matar do coração um dia, não é?

Show me How To Live - Chris CornellOnde histórias criam vida. Descubra agora