Eleven

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Sábado, 9 de março de 1991, Seattle.

Chris

Acordei e Layla dormia em meus braços como um anjo, seu corpo estava encolhido perto de meu peito e sua cabeça repousava suavemente em meu ombro; depositei um beijo em sua testa e tentei levantar sem acorda-la, o que foi quase impossível.

Assim que consegui, vesti minha camisa de flanelas novamente e fui até sua cozinha preparar algo para quando ela acordasse. Levando em consideração que ela era irmã do nanico, deveria ser um saco sem fundo como ele. Preparei então um pouco de café, cortei algumas frutas que encontrei na geladeira, fiz ovos mexidos e arrumei tudo na pequena mesa que havia lá. Assim que terminei, fui acorda-la.

Quando cheguei em seu quarto, observei que ela ainda dormia tranquilamente; agora coberta quase totalmente. Me aproximei da cama e sentei, dando alguns beijos em sua bochecha.

- Ei, docinho - disse baixinho, tentando acorda-la. - Já são dez, hora de levantar.

- Já? - Até sua cara amassada de sono era linda - Oi, Chris.

Ela coçou os olhos e então sentou na cama, encostando as costas na cabeceira e deu um sorrisinho.

- Oi, Layla. - Respondi, me aproximando para deixar um beijo em sua bochecha. - Dormiu bem?

Ela assentiu, ainda meio sonolenta e então levantou.

- Vou fazer café para você, docinho. - Layla disse e eu sorri.

- Eu fiz café para você, doidinha. - Disse, e um sorrisinho se formou em seus lábios. - Acordei mais cedo e me aventurei na sua cozinha.

Rapidamente ela se levantou e pegou em minha mão me levando até a mesa da cozinha e as semelhanças com Eddie apareciam.

Nos sentamos a mesa e confesso ter passado um bom tempo apenas a observando comer; ela era realmente faminta pela manhã.

- Nada mal, Chris. - Disse limpando o canto da boca um pouco sujo do creme dos ovos - Você cozinha muito bem.

- Ovos mexidos são minha especialidade, docinho.

Layla parou de mastigar e ergueu uma sobrancelha, curiosa.

- E no que mais você é bom, Cornell?

Abaixei minha xícara e a encarei, agora muito interessado em saber até onde ela iria.

- Em muitas coisas, Vedder.

- Tipo?

- Coisas que você provavelmente pensa em experimentar. - A encarei de volta, retribuindo seu olhar malicioso. - Coisas que você provavelmente pediria por mais.

- Pediria? - Retrucou, a voz cheia de malícia.

- Ah, com certeza pediria.

Continuamos a comer, agora apenas trocando olhares que eu sabia o que significavam. Eu a queria, e queria muito mais do que só uma noite de sexo; queria beijar ela, toca-la, dar todo o prazer que ela merecia sentir, ver ela se desmanchar em minhas mãos.

Observei-a desfazer a mesa e notei suas curvas que pouco apareciam naquele pijama azul escuro; seus seios marcados pela camisa de botões estavam me deixando louco. Pensar nela me deixava maluco.

- Chris? - Assim que ouvi sua voz, sai de meu transe momentâneo - Pode pegar aquela jarra para mim?

Ela apontou para uma jarra de vidro que estava em uma prateleira da janela, assim que me aproximei dela, pressionei meu corpo contra o seu e pude sentir ela se empinar contra mim apenas com aquele shorts.

Show me How To Live - Chris CornellOnde histórias criam vida. Descubra agora