Capítulo 15: Venda de ópio

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"Pergunte à chuva.

Pergunte ao deserto.

Pergunte às montanhas.

Não me pergunte apenas".

O'Na Sor, Tarkan.

Fonte: Desconhecida

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Fonte: Desconhecida.




Era quase madrugada, Kyungsoo e Sehun tinham acabado de limpar a clínica depois de assistirem a um parto bem sucedido. O mais alto estava deitado na maca de exames do consultório enquanto o outro, sentado na cadeira, tomava café.

— Você já pensou sobre o que Joonmyeon disse antes de partir para a Coreia? Para evitar aqueles homens, que no final de tudo, lá é um prostíbulo. Um de seus pacientes estrangeiros mesmo disse que pagou por algumas mulheres...

— Mas Malik não se prostitui... ele é o califa ou algo assim, não sei; é como se ele tivesse uma posição importante, não é isso que Rabih disse, que ele é um príncipe?

— Eu não acho que um califa ou um rei ou um príncipe deva andar muito no deserto... Eles não deveriam se sentar em algum tipo de trono e ser exibidos? Ah Ballisaray?

Kyungsoo jogou uma caneta que acertou bem na testa de Sehun.

— Não se atreva a usar essa palavra comigo de novo... você não pode fazer isso, você não é um deus turco.

Sehun acariciou onde sua pele estava avermelhada.

— Sério, Kyungsoo, depois do que aquele homem disse no deserto...

— Eu sei! É tudo muito estranho... não entendo nada... É como se aquele cara, Kris, estivesse cobrando por isso. Malik tem medo dele. Além da forma horrível com que tratam Geyik, como um escravo...

Assustaram-se quando alguém bateu desesperadamente na porta da clínica, nessa altura, Fátima já estava em sua casa, descansando. As portas mantinham-se fechadas, mas alguém sempre dormia lá em caso de emergência. Quando Kyungsoo atendeu, Malik correu para dentro, carregando Geyik nas costas.

— Ajude-o, por favor! — ele implorou depois de deixar seu amigo deitado no chão, ele estava cansado por ter o carregado até ali.

Sehun estava se aproximando quando Kyungsoo fechou a clínica e ambos atacaram o homem para examiná-lo. Um corte profundo no lábio fez com que todas as suas roupas brancas fossem tingidas de vermelho. Geyik estava desmaiado.

— Malik, o que aconteceu? — Kyungsoo perguntou.

— Ele bateu a cabeça e machucou a boca com uma garrafa quebrada.

— Quem fez isso?! — Sehun perguntou alarmado.

Malik respondeu olhando para Kyungsoo e começando a chorar.

— Eu tenho que ir, ninguém sabe que sai... por favor, Ballisaray, não deixe meu oásis secar, ele é tudo o que tenho — Malik implorou aos pés de Kyungsoo.

Quando o médico garantiu que cuidaria de seu amigo, Malik fugiu. Depois de dar ao ferido os devidos cuidados, Kyungsoo foi dormir porque Sehun afirmou que ele poderia cuidar dele sozinho, apesar da inquietação ele conseguiu cair em um sono pesado, até que às sete da manhã foi acordado por seu amigo que se sentou em sua cama e olhou para ele com olhos atormentados e profundas bolsas sob os olhos.

— Aconteceu alguma coisa com o Geyik? — ele perguntou com a voz rouca, sentando-se imediatamente.

— Aconteceu...

— Fala, Sehun! — ele reclamou. — Você quer que eu adivinhe?

— O corpo dele tinha muitos hematomas, então demos aquele sedativo... não é tão forte, mas parece que ele é muito sensível às drogas então ele ficou delirando parte da madrugada...

— Essa é uma reação normal — Kyungsoo assegurou.

— Aproveitei para fazer um teste de HIV, verifiquei no pequeno laboratório e...

— Malik mentiu?

— Não. Geyik é saudável. Fiz várias perguntas a ele, e no meio de seu delírio ele contou que ele e Malik junto a várias mulheres são escravos de Kris... ele disse que eles são obrigados a dormir com quem paga...

— Você está brincando...

— Ele me garantiu que Patel bateu nele porque ele não tem permissão para seduzir homens, e eu pedi isso naquela noite no deserto... por isso o forçaram a andar tanto, concluíram que ele estava me seduzindo... E absolutamente tudo... ele me contou em cantonês. Ele falou comigo em cantonês, Kyungsoo! Aquele menino é tão turco quanto você! Ou seja... nada!

— Mas, Sehun, essas são acusações muito sérias...

— Você acha que eu não sei? Mas é uma coisa que a gente já suspeitava... Existe uma rede de prostituição... de, sei lá, escravidão sexual?

Kyungsoo levou a unha de seu dedo mindinho à boca e começou a roer, tenso.

— Faz sentido... Por isso estão tão interessados ​​que eu goste de Malik, querem que eu continue pagando por ele e eu me apaixonei feito idiota.

— O odalisco parece ser a principal atração.

— Deus santo! Isso é horrível... Temos que falar com Geyik, aconselhá-lo a fazer uma denúncia, sair de lá...

— Ele não vai... — Sehun negou com certeza. — Geyik acordou há alguns minutos atrás e por mais que eu tentasse impedi-lo, ele queria ir embora. Ele disse que se descobrissem que ele saiu, iam matá-lo, ele cobriu a cabeça com um véu e foi embora... cambaleava no caminho, ainda está fraco e seu corpo está espancado... não consegui fazê-lo ficar, mas, porra, Kyungsoo, ele partiu minha alma...

— Como diabos aquele cara cantonês chinê acabou sendo prostituto na Turquia?

— E de onde veio o seu odalisco favorito, Ballisaray?

Ambos se entreolharam com preocupação, atordoados pela realidade com a qual estavam flertando, enquanto estavam vendados e sedados com ópio turco. Kyungsoo estava tão assustado que até deixou Sehun chamá-lo de Ballisaray.




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Ballisaray [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora