42. Guess

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-POV JOY-
Quando finalmente o saco é retirado da minha cabeça, estou atada a uma cadeira, numa sala vazia, com um rapaz moreno sentado à minha frente. Ele tem cabelos compridos puxados para cima e olhos escuros, as suas mãos estão pousadas à sua frente na cadeira em que ele está sentada. Avalio bem o seu olhar, e sorriu para ele, numa tentativa de parecer confiante. Se quero sair de onde quer que esteja vou ter que jogar com o psicológico das pessoas e isso é algo que sou boa a fazer.
"Então olá" ele disse, com algo parecido com um sorriso. Sorri-lhe abertamente e relaxei-me na cadeira.
"Olá" ele franziu a sobrancelha com a minha atitude de felicidade e levantou-se.
"Sabes porque é que estás aqui Joy?" Encolhi os ombros e sorri para ele.
"Não. Queres dizer-me se faz favor? Ah e já agora não me queres tirar as cordas das mãos? Isto está a doer um bocado." Ele riu-se falsamente e senti a sua mão tocar na minha cara. Olhei para ele surpreendida.
"Não sabias que não se bate a uma mulher?" Eu disse ofendida, enfrentando os olhos do moreno.
"Não sabias que não se deve meter com pessoas perigosas?" Franzi os olhos e olhei para ele, novamente. Tinha que o desafiar ao máximo. Quem quer que fosse este rapaz, tinha que ser desafiado. Eu tinha que jogar com a sua cabeça.
"Vais ter que reformular a frase. Essa ficou muito má" eu disse, e voltei a sentir a sua mão na minha cara. Desta vez doeu um pouco mais, provavelmente deixando marca, mas eu estava demasiado concentrada em estar assustada sem o mostrar, sentia o sangue a bombear-me nas veias, o medo a percorrer o meu corpo, tendo que ao mesmo tempo escondê-lo. Não o podia deixar ganhar.
"Não apanhei o teu nome" eu disse com um sorriso para o moreno. Este olhou-me espantado e abanou a cabeça em desespero.
"Não interessa o caralho do meu nome Joy! Meu deus que raio de miúda és tu?" Encolhi os ombros.
"A minha mãe defende que nasci sem sentimentos. O meu avô diz que sou demasiado egoísta para me lembrar de outras coisas, ah e há ainda a teoria de eu ter uma pila. Essa não te posso confirmar" eu disse decontraidamente ele olhou para mim confuso e assustado. O poder do psicológico das pessoas é maior que qualquer outro, eu sou capaz de todo se brincar com as mentes das pessoasn e tendo eu menos força que elas tenho que usar essa capacidade.
"Foda-se... Foda-se!" Ele gritou, e eu ri.
"Tu tens cara de Jack" eu disse sorrindo para ele. Ele virou-se de repente e olhou para a minha cara.
Sentou-se à minha frente, e sorriu maliciosamente, alinhando no meu jogo.
"Vamos fazer um jogo Joy. Tens 3 tentativas. Se acertares no meu nome numa dessas, eu deixo-te ir embora. Se não, posso fazer o que quiser de ti." Encolhi os ombros. Este jogo assustava-me, mas tinha a certeza, que sendo ou não capaz de o ganhar eu iria fazer o que era preciso e sair deste lugar. Olhei para as calças do rapaz moreno e reparei numa arma presa nas mesmas. Algo em que eu sabia mexer. Voltei a levantar os olhos e encarei o olhar carregado dele. Sorri.
"Já sei que não és Jack. Vou apostar com Michael?" Eu disse calmamente, esbofeteando-me a mim prórpia depois. Claro que ele não se chamava Michael. Nunca conheci um caralho de um Michael moreno, por amor de deus.
Ele acenou negativamente com a cabeça, confirmando os meus pensamentos. Suspirei e pensei noutro nome. Havia tantos. Olhei para a cara do rapaz e tentei pensar noutro nome que se adequasse a este.
"Hm... Talvez Tohmas?" Eu voltei a perguntar, tendo medo de falhar. Ele acenou negativamente e soltou uma gargalhada. Deixei a minha cabeça cair e pensei durante longos minutos, até levantar a mesma para o rapaz moreno e semi-cerrar os olhos.
"O teu nome é Liam" eu disse, calmamente, a minha voz grossa e relaxada, como se o nome estivesse estado todo este tempo pronto para sair da minha boca. O rapaz abriu a boca, e piscou um pouco os olhos, olhando para mim com atenção. Fechou a mesma e olhou rigidamente para mim.
"Está certo. Mas não te vou deixar ir, como deves calcular." Encolhi os ombros e coloquei a cabeça para o lado.
"Já calculava que fosses fazer isso. Podes pelo menos libertar as minhas mãos?" Ele encolheu os ombros, provavelmente sem qualquer paciência para me aturar e saiu do quarto, deixando-me sozinha. Olhei em frente. O plano começou a formar-se na minha cabeça, e encostei a mesma para trás, sorrindo. Isto ia ser divertido.

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DOUBLE UPDATE!
IARA, ESTIVESTE A FUMAR ERVA?
TALVEZ SIM MUAHHAHAHA

That Girl. (z.m) - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora