45. Dad

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Depois de fumar um cigarro mando uma mensagem ao meu pai a pedir que ele me viesse buscar ou envia-se alguém para o fazer. Ao fim de cerca de 20 minutos à espera, um carro desportivo branco para à minha frente. Revido os olhos e entro no carro sentado-me no lugar do pendura. Olho para o lado para ver Nick com o seu cabelo loiro despenteado ao volante.
"Ele não podia mandar um carro mais discreto?" eu digo sarcasticamente. Nick revira os olhos e ajeita o seu cabelo olhando para mim.
"Também fico muito feliz por te ver priminha" ele diz arrancando com o carro com alguma velocidade. Reviro os olhos e ligo o rádio, um sorriso cresce nos meus lábios ao perceber que era o CD dos Guns and Roses que se encontrava neste. Sorrio para Nick que me pisca o olho divertido.
"E então priminho? O que tens andando a fazer?" eu pergunto simpaticamente. Não via Nick à muito tempo, e era uma enorme alegria ver o meu primo ao fim de todo este tempo. Nick sempre fora um rapaz querido e apesar de a minha mãe me ter afastado deste lado da família à muitos anos nunca perdera totalmente o contacto com meu primo. A minha mãe não suportava o negócio do meu pai, nem apoiava o que ele fazia e fora essa a razão pela qual o deixara e me proibira de ter contacto com qualquer pessoa do meu lado paterno.
"Eu estou ótimo. Trabalho para o teu pai agora, não sei se sabes. Já lá vão uns 3 anos... Então miúda, ouvi dizer que te tentas-te matar" abri a janela do carro e tirei o meu maço do bolso, revirando os olhos para o meu primo. Tirei um cigarro e acendi-o, expelido o fumo pela janela.
"Foi quando acabei o treino com o pai. Ele parou de telefonar e a minha mãe me proibiu de falar com vocês. Senti-me muito sozinha Nick. Foi um fase difícil" eu expliquei. Ele assentiu. "Quando a minha mãe me obrigou a vir de férias para casa do Noah achei que era a oportunidade perfeita para vos contactar" eu disse e Nick sorriu animado. Continuei a fumar o meu cigarro até o carro ser parado à frente da enorme mansão branca de estilo italiano. Sai do carro e virei-me para Nick sorrindo com humor.
"Este gajo gosta mesmo de mostrar que é italiano não gosta?"
"Cala-te Francesca" ouvi a voz do meu pai e virei-me para ele, vendo-o no topo das escadas com um enorme sorriso estampado no rosto "Tu és tão italiana quanto eu"
Revirei-lhe os olhos e subi a escada na direção do homem magro, praticamente sem cabelo. Ele sorriu e abriu-me os braços.
"Já te disse imensas vezes para não me chamares Francesca, pai!" eu disse chateada, por este pegar sempre na referência do meu segundo nome, apesar de não resistir em lhe retribuir o afeto. Ele apertou-me contra o seu corpo e eu sorri, feliz por estar na presença do meu pai que já não via à tanto tempo.
"Mas é o teu nome Raio de Sol" ele disse entre risos e eu larguei-o, dirigindo-me para dentro da mansão. Sentei-me no sofá vermelho que se encontrava na sala exageradamente adornada com chão de mármore. Estiquei os pés para a frente.
"O meu querido irmãozinho?" eu perguntei ironicamente. O meu pai riu e sentou-se à minha frente, acendendo um charuto.
"Está a recuperar na enfermaria. Daqui a pouco deve estar aqui" Assinto com a cabeça e suspiro fundo mexendo nos meus dedos.
"Pai..." a minha voz sai um pouco hesitante devido aos nervos que sentia ao falar neste assunto com o meu pai. Não era algo que quisesse fazer, mas sabia que tinha que ser feito. Estava quase a altura de ir embora, e precisava de esclarecer a minha mente neste momento.
Ele virou a sua cabeça para mim e sorri, fazendo-me sinal para continuar o que estava a dizer.
"O que vamos fazer em relação ao Malik?..." eu disse hesitante. Ele olhou-me de forma reprovadora e eu encolhi-me no meu lugar, engolindo em seco. O meu pai assustava-me um pouco. Era natural dado o cargo que ele tinha e a forma como agia, a sua voz era sempre áspera, e era rude com toda a gente apesar de ter a atenção de não o fazer comigo.
"Não sei Joy. Ainda não fiz o meu objetivo. E temos que falar sobre isso já agora. Eu precisava do Malik e tu matas-te os meus homens e fugis-te antes que ele lá chegasse. Isso não foi bonito Joy, não era o que tínhamos combinado." suspirei e encostei-me nas costas do sofá.
"Eu gosto dele pai, não quero que lhe faças nada." eu disse baixinho com receio da sua reação. Ele olhou-me de forma reprovadora mais uma vez.
"Joy, as ordens eram muito claras. Fazê-los confiar em ti e depois atrai-los até mim para eu acabar os meus assuntos. Sabes o tempo que demorei a planear tudo isto?" revirei os olhos e levantei-me, enfrentando o meu pai.
"Não, pai, não sei. Porque tu não falas-te comigo quase durante 2 anos e do nada telefonas-me quando cá chego, para me avisar que foste tu que arranjas-te forma de me por aqui e que precisas que te ajude a matar um gajo. Por amor de deus, pai!" ele suspirou impaciente e levantou-se.
"Joy Francesca York Sparks, não me levantes a voz! Eu não consegui contactar contigo mais cedo se não teria-o feito." bufei irrita de e olhei-o nos olhos.
"Pai, tu ainda por cima mandas-te o meu avô para o hospital. Eu não acho isso normal!" ele revirou os olhos e voltou a sentar-se tirando outro charuto e acendendo o mesmo com o seu Zippo prateado.
"Sejamos honestos, eu não gosto muito do Noah. Ele sempre foi um bocado chato."
Ia interompê-lo mas este fê-lo antes que eu tivesse oportunidade.
"Liga ao Malik. Dá-lhe a minha morada e chama-o cá. Temos todos que conversar"
Assenti com a cabeça e tirei o telemóvel do bolso marcando o número de Zayn e esperando que este atendesse.

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Bem aqui está o capitulo mais importante. Espero que tenham gostado e que tenham ficado esclarecidas sobre algumas coisas
Adorei escrever este capítulo, estou muito feliz love you so much

That Girl. (z.m) - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora