34. Somewhere new

1.1K 106 11
                                    

-Pov Joy-

A noite caiu rápido. Segui o meu caminho sem rumo até um beco. Não havia nada lá, apenas sombras. Ia precisar de encontrar um sitio para dormir, mas não tinha para onde ir. Por segundos arrependi-me de ter fugido, de estar aqui. Por momentos senti-me mal por ter abandonado Zayn num momento importante, de não ter voltado como Marylin me dissera para fazer. Tinha fome e tinha frio e estava cansada de andar e não sabia o que fazer. As minhas pernas pareciam querer sucumbir com o meu peso. Os meus olhos estavam a cair com o cansaço.

Encontrei um pequeno beco, abrigado do vento. Sentei - me segurando os meus joelhos e deixando as lágrimas cair pela minha cara. Estava cansada, perdida e sozinha. Num sitio novo, num sitio desconhecido.

-POV ZAYN-

Harry- Zayn, eu já estou super cansado... Vamos para casa por favor...

Suspirei em frustração levando as mãos ao cabelo.

Zayn- Se tu estás cansado imagina como ela está Harry! Nos temos que a encontrar!

Estávamos a andar à 3 horas e já era noite cerrada. Joy não estava em lado nenhum e o cansaço começava a vencer nos.

Harry- Tu gostas mesmo dela han?

Suspirei e assenti com a cabeça.

Andámos pelas ruas chamando pelo seu nome, sem resposta.

Eu tenho que a encontrar. Eu preciso dela. Eu amo-a. Ela é tão importante na minha vida. É uma parte tão grande de mim. Onde é que será que ela está?

Zayn- Harry...?

Ele virou-se e olhou para mim.

Harry- Diz.

Mordi o lábio e suspirei.

Zayn- Achas que a vamos encontrar?

Ele levou a sua mão ao meu ombro e deu-lhe uma leve palmada numa tentativa fracassada de me reconfortar.

Harry- Claro que vamos mano. Por nada neste mundo eu vou desistir de encontrar a Joy.

Respirei fundo e gritei pelo nome dela outra vez. Ela tinha que estar em algum lado. E eu ia encontrá-la.

-POV JOY-

Suspirei e limpei as lágrimas com a mão direita e levando o cigarro aos lábios com a outra mão. Faziam tantas horas desde que estava aqui. Perdida num sitio desconhecido...

Tenho medo. É a primeira vez que admito isto, mas tenho. Tenho medo de nunca descobrir o caminho de volta para casa, de nunca sair daqui.

Ouvi passos e virei a cabeça. Ao meu lado um homem com uma camisola vermelha e umas calças de ganga escuras olhava para mim.

Xxx- Estás perdida menina?

Acenti com a cabeça. Ele estendeu-me a mão. Agarrei-a e levantei-me.

Xxx- O meu nome é Barney. O que é que uma rapariga tão bonita como tu faz aqui a esta hora?

Olhei-o desconfiada. Mas ele era a única salvação que eu podia ter, e se eu desperdiça-se podia não me safar desta.

Joy- O-o meu nome é J-joy. E-e estou pe-perdi-dida.

Gaguejei meio a medo.

Ele sorriu de lado e chegou-se ao pé de mim encostando-me contra a parede, o seu hálito quente contra o meu pescoço.

Barney- Deixa lá amor, o Barney está aqui e vai-te salvar. Mas tens que me ajudar.

Ele levou a sua mão à bainha da minha t-shirt e enfiou-a lá dentro. Assustei-me. Oh não. Ele estava a tentar... Violar-me?? Queria gritar, fugir, mas o seu enorme corpo pressionava-me contra a parede sem me conseguir mexer. Quando as suas mãos ameaçaram puxar as minhas calças para baixo, o grito que estava preso na minha garganta saiu e gritei. Gritei que me salvassem, gritei o mais alto que pude.

Barney deu-me uma chapada e pôs-me a mão à frente da boca.

Barney- Ai queres fazer isto a mal, sua puta? Não sabes o que te espera estúpida! Eu vou-te foder com a minha máxima força, até tu sangrares e me implorares que pare. Eu vou-te magoar e vou ser bruto e tu vais gritar! E tu nunca te vais esquecer puta de merda!

As lágrimas corriam desesperadamente da minha cara, a voz falhava-me.

Joy- Po-por favor... Não...

A voz saiu-me num fio pequeno, com dificuldade em sair. As palavras caiam-me sem força.

Quano desisti de lutar e percebi que era aquilo que ia mesmo acontecer, uma ausência fez-se sentir. Subitamente ficou frio e senti-me leve. Nenhuma mão me tocava, não tinha ninguém à minha frente. Barney tinha sido arrebatado e estava no chão debaixo de um corpo bem estruturado masculino. Outro agarrou-me e apertou-me contra si. Senti um familiar cheiro a hortelã e menta e abracei-o de volta. Ele deu-me festas no cabelo e sussurrou-me que ia ficar bem. Chorei com força contra o seu peito, tentando apanhar ar para respirar.

Harry- Calma amor, vai ficar tudo bem.

Harry depositou beijos no topo da minha cabeça e acariciou-me.

Harry- Ninguém te vai magoar, prometo.

Um som seco fazia-se soar atrás de nós. Um som compassado de alguém a sofrer lentamente. Depois ouvi um som forte. Algo foi puxado para tràs e um som árduo fez os meus ouvidos zumbir. Um clarão de luz.

Depois, tudo ficou silencioso.

Joy- Harry o que é que aconteceu?

Harry suspirou e abraçou-me outra vez.

Harry- O Zayn certificou-se de que aquele gajo nunca mais te volta a tocar.

Virei-me para trás largando Harry abruptamente e corri para Zayn. Este largou a arma no chão e correspondeu o meu abraço, apertando-me com força. Chorei no peito dele e apertei-o numa força desesperada. Não quero saber se ela acabou de matar uma pessoa.

Joy- Eu amo-te.

Eu sussurrei de forma desesperada.

Ele agarrou-me ainda com mais força.

Zayn- Eu também te amo, Joy. Eu amo-te mesmo muito.

That Girl. (z.m) - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora