- Estou aqui porque não aguentei ficar no hotel. - Dahyun começou tentando se aproximar, mas Nayeon deu dois passos para trás em resposta. Ambas estavam sérias. - Escuta, eu vim aqui a trabalho, mas pude resistir em tentar lhe procurar, precisamos resolver as coisas, Nayeon! - Disse, determinada. Sua voz foi diminuindo, quando viu o olhar irredutível da mais velha e a vergonha estava tomando conta de si, novamente. - Vim para sua casa, pois achei que já estaria e... Você não havia chegado, estava ficando preocupada.
Apesar de realmente demonstrar preocupação, Nayeon não deixou se abalar, não dessa vez. Dahyun tentou mais uma vez se aproximar e colocou suas mãos sobre os ombros da mais velha.
- Eu sei que fiz tudo errado da última vez, mas... preciso do seu perdão, Nay, só peço isso.
- Eu te perdôo, agora saia. - Nayeon suspirou, mas sabia que Dahyun não iria desistir fácil. A mais nova a puxou para perto, fazendo com que seus braços circulassem os ombros da mais velha.
- Tudo bem, vou ficar aqui até você realmente olhar na minha cara e dizer que me perdoa, de verdade.
Nayeon saiu da porta de entrada, contrariada e foi em direção a cozinha, tendo a menor no seu encalço. Colocou a água para ferver e não olhou um minuto sequer para o rosto da "invasora".
- Vai ser assim? - Dahyun comentou, abrindo a geladeira sem pedir permissão e retirou uma maçã.
Nayeon queria retrucar, mas sabia o quando Dahyun odiava ser ignorada, então continuou com o mínimo de expressões possível enquanto olhava para a chaleira.
- Sério? Depois eu que sou a imatura. - Aquilo irritou profundamente a mais velha, então ela se virou e colocou Dahyun contra o balcão.
- Dahyun, minha querida, não venha falar de maturidade comigo. - A feição mortal de Nayeon, para o alivio da arquiteta, se desfez quando a chaleira começou a apitar. A estilista pegou uma xícara na parte de cima do armário e fechou a porta, depois tirou um pacote de chá da caixinha e colocou na água. Quando ia colocar na boca, Dahyun falou:
- Eu adoraria chá de maçã. - O que a fez revirar os olhos e se virar, encontrando um sorriso amarelo em sua direção. Nayeon apenas saiu da cozinha, ouvindo um grunhido de frustação da mais nova. - Ok! - Falou alto para que Nayeon da sala de estar pudesse ouvir. - Eu faço para mim. - Dessa vez disse baixinho, como um filhote acuado, tentando esconder o bico emburrado que formava em seus lábios.
Depois de fazer foi em direção a sala, e sentou-se na poltrona oposta à da dona. Cruzou as pernas e começou a assoprar calmamente o chá. Nayeon estava com uma almofada no rosto, sentindo-se cansada demais para pensar.
- Algo me diz que não é só a minha presença que lhe incomoda. - Dahyun comentou entre seus goles pequenos e Nayeon sentia-se frustrada pela mais nova a conhecer tão bem. Pensou duas vezes antes de retirar a almofada e olhar para ela.
Dahyun permanecia na mesma. Sempre foi uma garota confiante, de sorriso fácil e fala firme. A idade só havia deixado isso mais aparente. Seus cabelos pretos divididos ao meio e suéter amarelo a deixavam jovem. Mas sua presença não era o problema, de fato, já estava acostumada.
- Eu a vi. - Simplesmente disse e pela careta da Kim, sabia que ela notou muito bem de quem se referia.
- Ainda nisso? - Perguntou, tentando esconder a impaciência, mantendo o olhar fixo na xícara. O assunto Mina sempre a incomodou, era como um fantasma que nem sequer conhecia. Nayeon se irritou com a pergunta indiscreta e Dahyun percebeu ao levantar o olhar. - Ok, eu sei que talvez você nunca tenha a esquecido, mas a pergunta real é... - Deixou a xícara na mesa ao lado e olhou em seus olhos. - Por quê? Por quê não a esqueceu?
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This Is Why We Cant Have Nice Things - Minayeon
Fanfiction"É por isso que não podemos ter coisas boas, querida Porque você as estraga Eu tive que tirá-las de você" Eis que Nayeon descobre que, depois de tanto tempo, Mina ainda não saiu de seus pensamentos. Querer reconquistar as coisas que perdeu não vai s...