capítulo 4

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                                     ANDREW

 
Carlos meu motorista está chegando, ele me ligou que está a caminho do escritório.

Eu preciso dele mais dois nunca, tem uns documentos importantes que ele precisa levar para o meu pai, eu só confio no homem para fazer isso.

A manhã passou rápido, mas o dia está se arrastando lentamente pela tarde.

Estou morrendo de dor de cabeça e faria qualquer coisa para esquecer um pouco de tudo.

Carlos se atrasa um pouco mais, deve ser o trânsito que essa hora é terrível na cidade.

Então ele chega e bate na porta do meu escritório antes de entrar.

- Licença doutor Andrew!

Assinto com a cabeça e olho para ele com os papéis na mão.

Carlos pega a pasta e se vira para sair, então eu pergunto.

- Como foi com a amiga da Helena, Carlos?

- Foi tudo bem senhor!

Carlos diz, ele tenta ficar sério, mas uma sombra de um sorriso passa pela sua feição, eu o encaro.

- Foi tudo bem mesmo? - Pergunto curioso.

- Sim senhor!

Carlos tenta disfarçar com uma pequena tosse e esconde mais um sorriso entre a mão fechada.

- Bom! - Digo deixando isso pra lá, mas ainda estou curioso. - E como ela é Carlos?

- Não tem muito o que falar doutor Andrew, só vendo mesmo.

Carlos diz fazendo mistério.

- Porquê? - Pergunto intrigado.

- Porque o que doutor?

Carlos continua lá, me olhando.

- Carlos você está me confundindo.

- Eu doutor, porque?

- Por Deus Carlos! - Tudo bem, leve esses papéis para o meu pai e volte para me pegar.

- Sim senhor!

Carlos diz sorrindo e eu o encaro mais uma vez, achando estranho essa atitude dele.

Depois que ele sai, passo toda a minha agenda de amanhã com a minha secretária, e estou realmente cansado hoje.

Não vejo a hora de ir para casa e descansar vendo um filme com a minha mulher.

Caramba, esqueci que temos visita.

Depois de ler alguns relatórios, meus olhos estão embaçados e cansados também.

Levanto e coloco um pouco de uísque em um copo com gelo, é ótimo para fazer eu relaxar.

Penso na Helena e como nós chegamos a isso.

Duas pessoas em uma festa, bebem até cair no esquecimento, e transam a noite toda.

Um mês depois Helena me procura e diz que está grávida, eu como não gosto de fugir das minhas responsabilidades peço ela em casamento.

Agora estou aqui, amarrado, com uma aliança no dedo e um passo de ser pai.

Helena é uma mulher excepcional, no entanto não é a mulher da minha vida.

Estou tão perdido em pensamentos, quando há uma batida na porta.

Carlos já está aqui e nem percebi.

- Está pronto doutor?

- Sim Carlos.

fruto proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora