"Pois a vida mata mais do que a morte, e ser morto pela vida é a maior benção e maldição que jaz nas mãos de todo ser."
Dicionário de flagelos de uma alma atormentada. Poemas, textos, contos em que deita-se a mais dura e medonha verdade. Compilado d...
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Ela chegou como a noite calada, escondida: pintada de sombras, passou despercebida entrou de fininho e abriu seu caminho — labirinto de rosas da cor do azevinho — e começou seu trabalho tão sujo e indecente roubando e escolhendo seus novos pertences.
Qual seu depoimento, ladra corrompida? Como roubou Garota Interrompida e Ophelia, e Love Goes, e todas minhas flores? Minha mente de espelhos, um circo de horrores: eu corro, e você lá, em todos corredores uma sombra, um reflexo, uma parte de mim presa nos teus livros, tua flor de jasmim.
Se é pra me roubar, pois me leve contigo não me deixe sem roupa, e comida, e abrigo de madrugada na rua, correndo perigo teu amor, nova forma: tornou-se castigo.
Eu vivo correndo, fujo de mim mesma tentando escapar da tua eterna presença mas você está em tudo: até do lado escuro da lua e da selva detrás desse muro.
Eu imploro outra vez: tenha piedade (não escute o que eu digo, nada disso é verdade) me deserta, me expulsa da tua cidade me diz que eu não sou mais a tua metade. Fecha teus portões se livra da chave me joga em um barco, um avião, uma nave me devolve minhas coisas e me manda embora (eu ainda acredito que faremos história).