não deletei aquela conversa até hoje.
ela é o único vestígio que tenho. de você. de nós.
do que eu chamava de amor e você chamava de jogo.hoje eu chamo de merda.
não; hoje eu quero chamar de merda.
mas ainda não. ainda chamo de dor, e trauma,
e às vezes merda. meus amigos chamam de abuso, mas não parece se encaixar.coisas quebradas não se encaixam mesmo.
uma parte de mim ainda desliza ora ou outra.
chama de nostalgia. saudade. casa.talvez a última esteja certa.
talvez fosse prisão domiciliar.porque você se engatou em mim como algemas e carregar você pesava, doía e tudo que você fazia era se apoiar em mim e se arrastar com um barulho que soava como almas berrando, queimando no inferno.
minha alma berrando, queimando no inferno.você era as chamas que me consumiam como o pavio de uma bomba, levando a destruição completa de tudo que eu um dia já fui.
mal sabia você que eu era filha do diabo.
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Viver Está Me Matando | Antologia
Puisi"Pois a vida mata mais do que a morte, e ser morto pela vida é a maior benção e maldição que jaz nas mãos de todo ser." Dicionário de flagelos de uma alma atormentada. Poemas, textos, contos em que deita-se a mais dura e medonha verdade. Compilado d...