🏀BÔNUS🏀

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— Que susto Hyung! E o que eu posso fazer?

— Bundão. Tem certeza que somos irmãos?

— Não me chama de bundão!

— Chamo, porque é isso que você é: um Bundão! 'Tá deixando o cara que você ama ir embora, por medo.

— Sim, medo! Medo por ele. Medo de que nosso pai faça alguma coisa com ele. Tem noção de como isso iria acabar comigo? Talvez seja melhor mesmo, sabe? Deixar ele ir, ou a poeira baixar por um tempo.

— Tem certeza que é isso mesmo que você quer? Perder o Jimin?

— Não mas, acho que já o perdi a muito tempo.

[•••]

Passados alguns dias após a formatura, e com as malas prontas para no outro dia embarcar para Nova York, e dar um até logo para Seul, estava eu numa cafeteria com o único Winter Bear restante naquela cidade.

Min Yoongi.

Se passavam das quatro da tarde, quando nos encontramos para nos despedir, já que seu vôo sairia às sete da noite.

— Quando você pretende ir? — ele me perguntava sem querer me olhar nos olhos.

— Amanhã pela manhã. — tentei não rir com a cara fofa que ele fez.

— Você não podia ter escolhido Los Angeles? — fez um bico.

— Não, não podia não. — eu continuava controlando o riso. — E outra, nas férias a gente vai se ver Min Yoon, não se preocupe.

— Eu vou sentir saudades, sabia? — ele sorriu fraco.

— É recíproco. — acariciava suas mãos com as pontas dos dedos. — Mas eu não vou me esquecer de você, acredite. Já nos metemos em tanta confusão juntos, que seria impossível não lembrar de tudo isso.

Ele riu.

— Antes de ir, eu queria te pedir um último favor.
— ele me olhou intrigado. — Entrega isso ao Jungkook, por favor. — entreguei a caixa que ainda tinha o embrulho desde minha última visita à Nova York.

— O que tem na caixa? — ele encarava o objeto curioso.

— Algo que eu achava ser possível fazer com o Jungkook. Mas hoje eu vejo que realmente não tem mais sentido. Pelo menos, não pra mim. — dei de ombros. — Pode me fazer esse favor?

Yoongi assentiu por fim.

— Eu preciso ir agora. Ainda tenho alguns detalhes para acertar. — ele se levantou. — Promete que vai me ligar sempre que der?

— Claro. — levei meu dedinho até o dele. — De dedinho. — ele sorriu com suas gengivas expostos.

— Até logo Park. — largou a caixa me abraçando em seguida.

— Até logo Min. — algumas lágrimas escorriam dos meus olhos. — Se cuida. — Tem certeza de que não quer que eu vá até o aeroporto com você?

— Você também. E não! Não quero não!— me deu um breve sorriso saindo pela porta da cafeteria à fora.

Meu celular tocou, era minha mãe.

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