Capítulo 55 - Tentativa improvável

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Mandei mensagem pro Dan:

Eu: “Dan”

Dan: “E aí”

Eu: “Preciso de uma ajudinha sua”

Dan: “E eu preciso de algo bom pra comer”

Eu: “O que quer dizer?”

Dan: “Você sabe cozinhar?”

Eu: “Claro, se me ajudar cozinho algo pra você quando tudo isso acabar”

Dan: “Combinado, agora me fala qual ajuda você precisa?”

Eu: “Preciso de ajuda com o PIN da Hannah”

Dan: “Ok e então você acha que posso ajudar a descobrir a senha?”

Eu: “Exatamente Sherlock, preciso de socorro aqui”

Dan: “12345”

Eu: “Você só pode estar brincando comigo, não é nem a quantidade certa de dígitos”

Dan: “Então é só deixar de fora o último dígito, ou o primeiro, eu nunca tive muita intimidade com a Hannah pra ser sincero, eu não faço a menor ideia, provavelmente Thomas, Lilly ou a Cléo vão saber melhor que eu”

Eu: “Já falei com eles, todos os palpites estão errados e agora eu só tenho mais uma tentativa e é inaceitável eu tentar com 1234, alguma ideia melhor?”

Dan: “Nenhuma, eu poderia falar 4321, mas acho que isso seria o suficiente pra vc vir aqui no hospital me matar”

Eu: “Que bom que sabe, mas de qualquer forma, vou conversar com a Jessy, se a ideia dela for melhor que 1234 eu vou tentar”

Dan: “por que não pede para o seu namorado hackear?”

Eu: “por que ele é a segunda opção, ele só vai tentar hackear se eu errar as 3 tentativas”

Dan: “então ele é seu namorado?”

Eu: “😑 ás vezes eu me pergunto se vc me leva a sério”

Dan: “Claro que levo, isso foi só pra dar uma descontraída vc está muito séria hoje”

Eu: “Estamos correndo contra o tempo Dan e eu sinto que o homem sem rosto está sempre um passo a frente”

Dan: “é aquele ditado, Consiga ou morra tentando”

Olhei meu celular uns 30 segundos sem saber o que responder, o Dan realmente não me leva a sério, então ele continou:

Dan: “tá notei que você realmente não está pra brincadeira hoje, vai lá conseguir mais pistas”

Eu: “ok qualquer coisa te aviso”

Dan: “Espera, só mais uma coisa e a comida? Ainda tá de pé?”

Eu: “Ah Dan, por favor né”

Dan: “Você é horrível, se houver mais alguma coisa já sabe onde me achar”

Resolvi ir até a Jessy e encontrei ela no meio de um monte de papelada e com uma cara estressada, eu ri e falei:

Eu: as coisas não estão como o esperado por aí?

Jessy: definitivamente não, além de lembrar do Ricky de 2 em 2 segundos, ainda tenho todo esse trabalho pra fazer, quero manter tudo organizado pra ele sabe? Tipo, se conseguirmos resgatar ele e a Hannah.

Eu: claro que vamos conseguir (falei isso mais pra confortar ela, pq nem sei mais se acredito nisso, mas tentei manter o máximo de certeza no tom de voz), mas eu queria solicitar sua ajuda com uma coisa.

Jessy: e se eu e vc explorássemos um pouco a área enquanto conversamos sobre esse favor? Preciso realmente de uma pausa agora

Eu: tudo bem por mim, mas por onde vamos?

Jessy: eu vi um caminho atrás da casa, a gente pode ver até onde vai nos levar

Concordei e descemos até os fundos da casa e logo ouvi Lilly nos chamando:

Lilly: onde pensam que vão?

Eu: Vamos explorar

Lilly: Eu não sei se é uma coisa inteligente a se fazer

Jessy: Mas estamos totalmente seguros aqui, quero dizer, é por isso que viemos pra cá pra começar e estou realmente começando a ter um ataque de claustrofobia

Lilly: querem que eu acompanhe?

Jessy: Não, não precisa

Lylly: mas não fiquem fora por muito tempo hein?

Eu: combinado mãe

Jessy riu e Lilly fez uma careta pra mim segurando a risada e logo voltou pra dentro e assim que começamos a andar pelo caminho, Jessy comentou:

Jessy: detesto que toda hora tem alguém pra nos lembrar do homem sem rosto, nem me lembro a ultima vez que caminhei em paz

Eu: é horrível, mas eu tenho a sensação que tudo está acabando

Jessy: é o que espero, não tem nada que eu queira mais que sair dessa loucura que inclusive eu não faço a menor ideia de como entrei

Eu: kk se você não sabe imagine eu

Jessy: ainda sem pistas do por que seu número de telefone foi enviado por Hannah?

Eu: nenhuma, minha desconfiança seja de que Hannah nunca enviou esse número, mas sim o homem sem rosto

Jessy: oq? Por que?

Eu: analisa comigo, quando Thomas pegou o celular, o celular não estava nem perto de onde Hannah estava, ele estava na mesa do escritório do homem sem rosto. Ele pode ter torturado a Hannah de alguma forma pra que ela revelasse o PIN do celular e ele enviou meu número pro Thomas como forma de me atrair pra dentro dessa bagunça, faz muito mais sentido do que Hannah ter enviado entende? Agora por que ele faria isso, aí já é algo que quero descobrir

Jessy: bom, parando pra pensar, isso realmente faz muito mais sentido visto que se Hannah tivesse algum tempo com o celular, ela poderia nos ligar, ou falar a localização dela pro Thomas, tipo pra ela revelar onde estava ou o nome do hsr gastaria exatamente o mesmo tempo de que para escrever seu número, pq ela escreveria o numero de uma pessoa que não conhece em vez de escrever algo mais crucial pra investigação?

Eu: justamente, Jess escuta oq to te dizendo, acho que tem muito mais nessa história do que a gnt tá vendo.

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