Ainda bem que eu fui pra aquele encontro!

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— Hahaha, papai e tio Tae estão namorando! Eu disse! Eu disse! Eu disse!

Sem dúvidas a mais animada com aquela história toda era Yuna. Passava na cara de todos que duvidaram do namoro, especialmente sua tia, debochando sem dó.

As coisas não tinham mudado muito desde que começaram a namorar: Lea voltou para Daegu, Bahiyyih ainda não estava na Coreia, e Kang continuava sendo o pediatra da filha de seu namorado.

Dias que o ômega passava no apartamento dos Huening conseguiram ser os preferidos da garota, ultrapassando até os dias de consulta. Mas como não amar aqueles dias? Era maravilhoso passar a tarde assistindo seus desenhos favoritos no sofá de três lugares com o casal que mais amava no mundo.

E esses momentos não acabaram logo não! Na verdade, não acabaram nunca. Mas, depois de quase dois anos eles estavam diferentes.

As coisas mudavam, e, na maioria das vezes, pra melhor.

Uma dessas mudanças, por exemplo…

— Amor?

A voz suave do ômega de, agora, cabelos castanhos ecoou nos ouvidos do homem atrás de si, abraçando sua cintura com os olhos fechados mesmo sem estar dormindo, como sempre fazia.

— Pode falar, Tae.

Ele suspirou fraco, segurando o pulso esquerdo do alfa, auxiliando a mão grande a deslizar por seu corpo, chegando na região do umbigo, pousando a mão ali.

— Nosso bebê está aqui, Kai-ah.

Os olhos castanhos se abriram meio assustados, olhando as mãos juntas por cima do ombro do homem com quem estava deitado. Após alguns segundos processando a informação, desceu a mão para a barra da camisa, a erguendo um pouquinho, causando arrepios leves no mais velho por causa do vento batendo ali. Acariciou a pele descoberta com o polegar, notando que a barriga ainda não tinha nenhum relevo — pelo menos não perceptível.

— Você descobriu quando?

— Só a alguns dias. Fiz um teste no hospital num dia que Yeonjun me viu vomitar assim que cheguei no banheiro.

Kai concordou com a explicação, ainda olhando para a barriga. Desviou para o rosto do namorado, não contendo um sorriso.

— Eu… Vamos ter um bebê.

— É, vamos.

Taehyun sentiu os olhos enchendo d'água quando viu os semelhantes do alfa do mesmo jeito. Kai não conseguia conter as emoções, essa era uma característica adorável que o namorado amava em si, gostando ainda mais naquela situação. Ele estava chorando de felicidade ao saber uma notícia tão boa que só tinha recebido uma vez na vida.

Quando descobriu a gravidez de Haseul, não soube bem o que fazer com seus recém completados dezoito anos. Mas ali, com quase vinte nove, o desespero não veio, e saber que ia ser pai pela segunda vez o deixou mais feliz que nunca.

— Nossa menininha vai ficar tão feliz quando souber. — Taehyun afirmou, sorrindo enquanto olhava para a face do loiro, ainda sentindo a mão deste fazendo carinho em seu ventre. Mas, de repente a carícia parou, o instigando a olhar confuso para o alfa.

— Sim, Yuna! Temos que contar pra ela agora, ela não pode ser a última a saber.

— Ela tá dormindo, amor. Podemos contar amanhã…

— Não! Vamos contar agora, vem.

O pai levantou-se da cama rápido, correndo para o quarto ao lado, quase esbarrando na porta fechada, arrancando uma risada do namorado, que não teve tanta pressa assim para chegar no outro quarto.

Sempre cabe mais umOnde histórias criam vida. Descubra agora