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NIKOVA BANKS
Por mais que o tempo seguisse, o meu passado continuava a me atormentar. Pequenos fragmentos da infância que tanto desejava ser esquecido costumavam invadir os meus sonhos mais profundos, o transformando em pesadelos tão cruéis que não deveriam ser mencionados em voz alta.
Desde muito nova, tive que amadurecer, me tornar adulta quando nem sabia o significado dessa palavra. " Adulta" me parecia tão assustador, tão explicativo. Minha vida nunca foi tão fácil como as das outras meninas que frequentavam a escola, nunca tive os privilégios que elas tinham em abundância, e não estou falando apenas do dinheiro. Ser filha de Gabriel Torrance não é tão bom como pensavam. Muitas coisas eram jogadas para debaixo do tapete como se não fosse nada, pessoas, abusos, tudo que seria cansativo demais para resolver. Era essa a solução que eles tinham. Abafar a situação.
O carro parou no sinal vermelho me tirando do transe, olhei para o lado vendo a figura de Kai, ele estava tenso. Seu grande corpo ocupava todo o assento do motorista, tinha um motivo para ele ter escolhido um carro tão espaçoso como esse.
Começo a pensar em várias questões envolvendo a minha compra. Mesmo depois de saber — dele ter me dito — o real motivo ainda não conseguia acreditar, será mesmo que ele me desejava tanto tempo assim? Ou aquilo foi apenas uma desculpa?
Podia não ter convivido muito com Kai Mori, mas de uma coisa eu sabia muito bem, era que ele não tomava nenhuma decisão sem pensar inúmeras vezes, sua personalidade não permitia essa ação, por mais que ele quisesse, seu corpo não reagiria.
De repente, a mão dele vem até a minha perna, iniciando uma leve caricia. Uma onda elétrica avança pelo meio das minhas pernas quando ele aperta minha coxa, causando uma dor prazerosa.
Não sei por que Kai Mori me comprou, mas sou grata por isso.
O desejo novamente. Não conseguia esquecer a sensação que ele me deu naquele escritório, mesmo que fosse por um curto tempo, Kai conseguia me levar a nuvens com apenas um olhar.
Olhei para ele, sua atenção ainda estava na estrada, mas sua mão continuava apertando a minha coxa com certa malícia. É claro que tinha malícia ali, tudo que vinha dele não era por bondade ou carinho. Não estou reclamando. A verdade é que o quero no meio das minhas pernas, senti seu pau batendo fundo em mim, me causando novamente ondas de prazer que, sei, só ele é capaz de me causar.
Soltei um suspiro pesado quando senti sua mão subir, indo em direção ao meu sexo, já quente.
— Você é tão gostosa, Banks. Porra, ainda continuo duro, com vontade de te comer.
Sinto minha boceta babar diante das suas palavras tão sujas. Estou quente, em chamas, com vontade, meu desejo é que ele pare esse merda de carro, para que eu possa pular em cima dele e termina o que começamos no apartamento, mas dessa vez sem enrolações, quero cavalgar em seu colo como se não tivesse o amanhã, quero parar só quando não sentir mais minhas pernas. O quero para mim.