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NIKOVA BANKS
Meus olhos estavam pesados, mal conseguia abrir eles, mas a claridade não me dava opções. Passei as mãos pela superfície fofa sentindo o gelado e macios dos lençóis da cama, aquela sensação foi tão boa que comecei uma discussão comigo mesma se era realmente necessário me levantar agora. Bom, nada estava me impedindo.
Vou ficar aqui por mais uns minutos, não tenho nenhum compromisso mesmo.
Solto um som de irritação quando escuto minha barriga roncar, meu corpo pedia desesperadamente por comida, tinha gastado muita energia noite passada.
Noite passada...
O que posso dizer sobre os ocorridos de ontem?
Bom, depois do episódio da quadra, Kai me levou para a piscina, porque segundo ele o seu corpo estava pegando fogo. Não posso deixar de informar que repetimos a dose da quadra dentro da piscina — Que é muito bom, alias —.
Depois da piscina meu corpo já estava exausto, pedindo sossego e cama... Ele teve cama, sossego já outra coisa.
Kai me proporcionou diversos sentimentos e sensações em uma só noite, quais que nunca fui capaz de sentir em anos de vida. É impressionante as coisas que vi e vivi em tão pouco tempo junto a ele, as vezes me pego pensando como seria viver a vida toda ao seu lado e não uma semana apenas. Quais coisas iam acontecer em um mês? Um ano? Uma década? Minha imaginação ia longe nesses momentos. Mas infelizmente algumas coisas devem ficar na nossa imaginação. Por incrível que pareça eu não consigo me ver ao lado de Kai depois do fim do nosso contrato, é uma coisa impossível, ele nunca mais me olharia, depois que o seu desejo passar, eu serei apenas mais uma na sua lista de vadias.
Afinal, eu sou uma.
Colé, não posso ficar me lamentando desse jeito, quando foi que virei uma pessoa tão melancólica assim? Onde está a Nikova Banks de 1 mês atrás?
Porra...
Mexi meu corpo e logo senti ele todo dolorido. Tinha me esquecido que Kai não estava blefando quando disse que não pegaria leve comigo, era como se ele estivesse descontando toda a sua raiva, uma raiva que não quis me dizer o motivo, apenas que estava sentindo e eu era a culpada. Ok, mas ninguém vai dizer que quem devia estar com raiva era eu e não ele? Isso só mostra que tudo nesse homem se torna confuso.
Juntei todas as minhas forças e tentei me mexer de novo, isso resultou em outra pontada de dor. Ótimo, agora não posso mexer sem querer chorar.
Maldito Mori.
Solto um resmungo de dor quando sinto uma mão enorme deslizar sobre minha bunda até o começo da minha espinha, ela faz movimentos de vai e vem com carinho, poderia até relaxar com a carícia se a área não estivesse dolorida. Era até engraçado de ver, as mesmas mãos que estapearam sem dó ou gentileza nenhuma agora distribuía carícias tão delicadas que quase não eram sentidas.
