𝗦𝗢𝗟𝗗 𝗧𝗢 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗠𝗢𝗡 ── Kai And Banks

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ▭▬ 𝖙𝖜𝖊𝖓𝖙𝖞-𝖙𝖍𝖗𝖊𝖊

NIKOVA BANKS

Senti falta do calor dos raios solares que invadia o quarto pelas janelas quando acordei. A ausência calor me fez tremer.

Levaram alguns segundos para dar a noção que não estava mais naquele quarto, e sim no nosso. Os lençóis frios e quentes em algumas partes me fizeram querer ficar mais naquela cama. Ficar mais tempo com ele. Infelizmente o tempo não estava ao meu favor.

Hoje é o último dia. Depois da meia-noite o contrato não será mais válido e terei comprido a minha parte assim como Kai cumpriu a sua no pagamento.

Não teremos mais desculpas para nos ver.

No começo, pensei que não me sentiria culpada dessa maneira. Não como estou agora. Me sinto uma interesseira, uma verdadeira prostituta quando não sou uma.

Certo, o que eu fiz pode se encaixar a isso, mas não posso esquecer os motivos. Fiz isso pelo meu futuro, para que não precise pedir ajuda ao meu irmão e escutá-lo jogar tudo na minha cara depois.

Fiz isso para manter o meu orgulho e prova-lo que sempre posso dar um jeito sem precisar correr até ele. Afinal, eu não sou uma mulher que aceita perde.

Damon...

Sinto um apeto no estômago quando me lembro. Cenas invadem minha mente, sinto meus olhos ardendo e minha visão embaça. Lagrimas. Elas mostram o quanto isso me afeta.

Mas não. Não ia deixar essa tristeza me dominar.

Damon era o meu mundo e eu não era o dele. Uma hora isso ia me atingir em cheio e eu teria que enfrentar e aceitar a verdade. Por mais dolorosa que seja.

Será que as coisas seriam diferentes se ao invés de mim fosse a Rika?

Ele ficaria assim?

Sua reação seria a mesma?

E como se lê-se minha mente. Kai me puxou ainda mais para si., colando minhas costas sobre seu peito. Sua pele quente aquecendo a minha e de certa forma me tranquilizando. Saber que que agora não estava sozinha diminuía a minha dor.

E foi ali. Mais uma vez, que me senti segura com ele.

Era incrível que Kai Mori não precisasse de nenhuma palavra para me fazer sentir assim. Apenas a sua presença já era o bastante.

Suspirei relaxando os músculos que nem notei que estavam tensos. Arqueei minhas costas e aconcheguei meu corpo sobre o seu, desfrutando o cheiro natural que saia da sua pele chegando até mim. Ele se tornou o meu aroma favorito.

Senti seu nariz descansar sobre o topo da minha cabeça, seu rosto afundando em meus cabelos, sua respiração calma e serena. Por as minhas costas estar colada em seu peito, consegui sentir seus batimentos cardíacos. Eles eram lentos, quase inexistentes.

Agarrei sua mão que abraçava minha cintura e a puxei como se tentasse abraçá-la. Queria ter certeza que isso era real, que não estava sozinha.

Era tudo que queria nesse momento.

Não estar só.

***

- Quando acabarmos, vá se trocar. - disse ele bebendo um gole do café - Vamos até o seu apartamento. Algumas coisas ainda precisam ser verificadas.

Quais seriam?

Acenei com a cabeça.

Hoje seria o nosso último dia. Qualquer oportunidade que tivesse para ficar mais tempo ao seu lado, estava aceitando.