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NIKOVA BANKS
— Isso mesmo, um jantar. — Disse ele pegando o sabonete e começando a se lavar.
— Por isso você veio... — Falei em um tom baixo mas ele escutou.
— Sim, e também porque o seu tempo acabou — Me olhou com frieza — Quero saber qual é a sua decisão.
Vou ficar com você.
Abaixei a cabeça mais uma vez, procurei a palavra certa para começar a dizer tudo que estava preso dentro de mim, mas nada saiu, minha boca abria e fechava e nenhuma palavra era produzida, me sentia pressionada e certamente essa sensação não estava me ajudando muito. Kai pareceu perceber a minha dificuldade para responder, ele suspirou balançando a cabeça em negação, ergui minha cabeça e tentei dizer o quanto confusa estava, o quanto aquilo era difícil para mim. Meu olhos gritaram isso e ele só entendeu metade.
— Você está confusa? – Perguntou ele
Acenei que sim.
— Entendo que se senta assim, o amor é confuso mesmo — Riu sem graça — Mas quero que você fique ciente que estou aqui — Suas mãos seguram cada um dos meus braços, suspirei com a sensação da sua palma sobre minha pele quente — Para tudo. — Concluiu ele.
E mais uma vez amar Kai se mostrou ser a melhor opção.
Ainda olhando nos seus olhos dizendo todas as coisas que me faziam ter insegurança sobre nós dois levei uma mão até o seu rosto, senti o maquilar se deitar sobre a minha palma quando fiz uma breve carícia, a maior demonstração de amor. Sim, aquele simples sinal de afeto não era pouca coisa, pelo menos não para mim. Ela tinha um significado enorme e pela expressão dele... Bom, ele havia entendido.
— Obrigada.
— Quando você estiver pronta. — Sua mão também tocou meu rosto. Ambos distribuem o mesmo afeto, a mesma sensação, o mesmo amor.
***
KAI MORI
Nunca pensei que confessar meus sentimentos poderia me desestabilizar tanto assim, não passava pela minha cabeça que se resultaria nisso tudo, se soubesse teria feito diferente. Ou não. Por mais que as coisas não tenham ocorrido como imaginava uma parte de mim não se arrependia de nenhuma palavra, ela dizia que o certo era ter contado tudo, não fazer rodeio, confessar cada sentimento que estava guardado a tantos anos. Mas a outra parte dizia que fui burro, a confissão não deveria ter sido feita assim, era cedo de mais, por isso Banks teve aquela reação. Ela ficou com medo, dos sentimentos, de mim.
Desci as escadas vestindo a camisa social branca, meus cabelos ainda pingava água, me lembrei que devia ter secado eles antes de sair do quarto. Não tinha problemas, ainda não ia para a casa do Damon mesmo, tinha que entregar o vestido para Banks antes ou ela iria pelada, o que era uma péssima ideia, apenas eu podia ver aquele delicioso corpo, ninguém mais, Banks é minha!
