Na Festa de Fê

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A noite tá para começar e eu me sinto a mulher mais gata do baile. Não que eu esteja indo para um baile, nem que eu eu seja muito bonita e muito menos alguém me elogiou assim, mas eu me sinto gata com a roupa que estou vestindo.


Gabi saiu correndo até a casa dela e veio me trazer um vestido vermelho bem 'frufru', mas daqueles que realçam bem o corpo. Muito coladinho, do tipo que você tem que ficar murchando a barriga para não aparecer o buchinho, mas que te deixa bem gata.


_ Para de ficar se olhando no espelho, Mari!


_ Só mais um pouco. É que eu nunca me vi tão gata assim! _ Sorrio de novo, olhando aquele delineado torto que fiz, mas que escondia com uma parte do meu cabelo.


_ Você sabe que vamos chegar atrasada? _ Gabriela olha impaciente para o seu relógio.


_ Meu amor, não existe "chegar atrasado" em uma festa. Parece que nunca foi em uma. _ Não que eu já tivesse ido.


_ V...Você tem razão..


Ela parecia um pouco constrangida pelo que eu disse, foi aí que aproveitei para me exibir.


_ Você é muito jovem. Quando eu estava no primeiro ano também era uma tapadinha, mas depois de tantas experiências eu aprendi a me enturmar com o pessoal, e , para isso, você não deve ser o tipo de pessoa que chega primeiro.


_Ah... é? E o que a gente vai fazer quando chegar lá?


_ Apenas confie em mim. Eu sou do povão!


Gabi me olha esperançosa e a gente sai de casa. Eu até pegaria um Uber para chegar mais rápido no lugar da festa, mas tava dando mais de 20 conto e esse dinheiro não dá em árvore não. Ainda mais que a pobre da Gabi não trouxe um tostão, aquela mão de vaca.


Nessa hora, eu tive a brilhante ideia de pegar o busão que passa perto da minha casa e para na praça que fica ao lado de onde ia ser o show do bonitinho. No entanto, me arrependi mais tarde quando entrei no ônibus e aquele tanto de trabalhadores cansados começaram a rir do meu incrível vestido de látex vermelho e meu salto de 15 cm.


_ Vai enfeitar uma árvore de natal, é? _ Um doido tira onde com a minha cara.


_ Eu vou enfeitar é minha mão na sua cara, seu desgraçado, filho de um-


_ Chega, Mari! _ A Gabi anjinho me acalma.


_ Tem razão. _ Cruzo os braços.


Começo a meditar em minha mente para voltar a calma, mas me veio foi uma vergonha de estar tão peruada dentro de um ônibus com todo mundo me olhando.


Felizmente conseguimos sair daquele maldito ônibus e andamos pelos arredores da praça até chegarmos na bendita casa de festas do meu futuro namorado. Eu estava muito animada para entrar lá, mas era um som tão alto que tava ligado que eu quase perdi minha audição.

Minha doce comédia românticaOnde histórias criam vida. Descubra agora